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Coronavírus

Faturamento das farmácias cresce 7,74% no primeiro semestre

Varejistas do setor movimentaram R$ 27,4 bilhões entre janeiro e junho, contra R$ 25,4 bilhões do mesmo período em 2019; medicamentos isentos de prescrição e remédios disponíveis nos balcões foram os que mais puxaram o resultado para cima

7 ago 2020 - 05h10
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As farmácias registraram um crescimento de 7,74% nas vendas do primeiro semestre de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado. As lojas do setor movimentaram R$ 27,4 bilhões entre janeiro e junho, contra os R$ 25,4 bilhões de 2019. Os dados foram compilados pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP) e divulgados com exclusividade ao Estadão pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), cujas afiliadas respondem por 45% das vendas de medicamentos no varejo do País.

Em termos de aceleração, porém, as varejistas farmacêuticas praticamente voltaram ao ritmo de 2018. Se no ano passado, o setor apresentou uma variação positiva de 9,7% em relação a 2018, esse mesmo setor apresentou uma variação de 7,54% na comparação entre 2017 e 2018. A Abrafarma acredita que a desaceleração se deu porque muitas das farmácias estão em áreas afetadas pelas políticas de isolamento social, como áreas com concentração de escritórios e shoppings. "Perderam vendas para farmácias de periferia das cidades", disse por nota o CEO, Sergio Mena Barreto.

Os MIPs e OTCs - que são, respectivamente, medicamentos isentos de prescrição e remédios disponíveis nos balcões (over the counter, na sigla em inglês) - foram os que mais puxaram o resultado do semestre para cima, com um faturamento 20,79% maior que no mesmo período do ano passado.

"Os consumidores se deram conta que pacientes com comorbidades correm maior risco de óbito por covid-19. Como legado da crise, esperamos que haja mais consciência por parte do usuário crônico de que é importante manter seu tratamento em dia", disse Barreto sobre os resultados positivos em meio ao caos econômico generalizado e completou dizendo que suplementos e vitaminas tiveram grande procura em março e abril.

Em segundo lugar, estão as vendas de medicamentos gerais, que cresceram pouco mais de 9%. E a venda de genéricos cresceu 8%. Já os itens de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos registraram uma evolução de 4,91%.

Apesar de o desemprego ter subido para 13,3% no 2º trimestre, segundo dados divulgados na quinta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor farmacêutico ainda emprega 0,68% a mais que ano passado. Atualmente, são 130.317 funcionários, cuja maioria é formada por farmacêuticos, contra os 129.432 empregados no setor no mesmo período do ano passado.

Maiores redes

Segundo a Abrafarma, a Raia Drogasil é a associada líder em faturamento no varejo há 9 anos. Neste ano, é seguida pelo Grupo DPSP, dono das redes Pacheco e Drogaria São Paulo, e Farmácias Pague Menos.

O presidente do DPSP, Marcelo Doll, disse por nota que, desde o início da pandemia do coronavírus, o grupo implementou ações prestando atenção na jornada completa do cliente. "Um dos exemplos é o serviço de delivery para a vizinhança, para que ele não precisasse sair de casa no período de isolamento social, e a adoção de prescrição eletrônica em todas as nossas lojas", disse ele, complementando que o e-commerce da rede cresceu quase quatro vezes no período.

Estadão
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