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Coronavírus

Fiocruz e Butantan não enviaram todos os documentos à Anvisa

Agência federal voltou a cobrar informações para a reunião de domingo que irá liberar ou não o uso destas vacinas

14 jan 2021 - 15h43
(atualizado em 18/1/2021 às 15h35)
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta quinta-feira, 14, que voltou a cobrar a apresentação de documentos necessários para liberar o uso emergencial da vacina de Oxford/AstraZeneca e da Coronavac. Os imunizantes serão distribuídos no Brasil, respectivamente, pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan.

A Anvisa fará no domingo, 17, uma reunião de diretoria colegiada para liberar ou não o uso destas vacinas. O Ministério da Saúde afirma que, se houver aval da agência, a vacinação em todo o País começa na próxima quarta-feira, 20, às 10h.

A Anvisa informou aos laboratórios que os dados pendentes são "essenciais e condicionantes à análise e decisão técnica sobre as vacinas". Além disso, a agência afirma que o prazo de 10 dias para a aprovação do uso emergencial pode ser comprometido pela falta de documentos. Este prazo é interrompido no momento em que a agência faz exigências às empresas.

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro (RJ). 
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro (RJ).
Foto: Fiocruz/Divulgação / Estadão Conteúdo

A ideia do governo federal é ter, em janeiro, 8 milhões de doses disponíveis, sendo 2 milhões do modelo distribuído pela Fiocruz, que está sendo importado da Índia, e 6 milhões da CoronaVac. Como revelou o Estadão, o ministério planeja um evento, no Palácio do Planalto, para abrir a campanha de vacinação.

Segundo painel da Anvisa, 29,32% dos dados da CoronaVac estão "em análise", 29,76% seguem "pendentes de complementação" e 40,92% foram "concluídos". Já 36,11% dos dados da CoronaVac estão "em análise", enquanto outros 31,29% seguem "pendentes de complementação" e 32,6%, "concluídos".

Butantan

Em nota, a Anvisa destaca pedido para o Butantan apresentar dados para a análise estatística sobre a eficácia do imunizante. O documento é cobrado desde o último sábado, 9, diz a agência. Além disso, a autoridade sanitária afirma que recebeu na quarta-feira, 13, dados incompletos sobre o estudo de imunogenicidade da CoronaVac.

Segundo a Anvisa, o Butantan afiram que pediu para a Sinovac, desenvolvedora chinesa da CoronaVac, enviar as informações pendentes "com a maior brevidade possível". "O comunicado do Butantan informou ainda que acredita que muitos dos questionamentos restantes serão atendidos com o envio dessas informações adicionais. Segundo o Butantan as informações seriam enviadas até amanhã, sexta-feira (15/1) pela equipe de ensaios clínicos da pesquisa", diz a Anvisa.

Fiocruz

A Anvisa afirma que reiterou à Fiocruz "quais são os dados complementares solicitados após a etapa de triagem inicial da Anvisa e no decorrer das análises da equipe técnica da Agência." Segundo a Anvisa, os dados tratam da comparabilidade, estabilidade e transporte das doses que serão importadas da Índia.

"As equipes da Anvisa continuam trabalhando nos dois processos para concluir as informações que foram apresentadas em tempo hábil para que a análise seja concluída", diz a agência.

Estadão
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