Governo de SP anuncia novas restrições contra alta de casos
Horário de funcionamento de bares deverá ser reduzido para evitar aglomerações
Diante da alta de casos de covid-19 no Estado, o governo de São Paulo anuncia, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 11, novas medidas restritivas para atividades que têm causado aglomerações, como reuniões em bares e em festas. Como o Estadão adiantou, a gestão estadual deverá reduzir os horários de funcionamento de bares e endurecer a fiscalização contra eventos com grande número de pessoas.
Atualmente, todo o Estado está na fase amarela do plano São Paulo, que autoriza o funcionamento de bares e restaurantes até as 22 horas. Pelo programa de flexibilização da quarentena, chamado de Plano São Paulo, o Estado foi dividido em regiões e fases, que vão de 1 a 5, e podem reabrir gradualmente atividades econômicas a partir da classificação na fase 2 (laranja). As principais diferenças da fase 3 (amarela) em relação à fase 4 (verde) são a redução do atendimento de 60% para 40% da capacidade total, funcionamento por apenas 10 horas, com limite até as 22 horas.
O Estadão apurou que a decisão por ampliar as restrições veio da pressão de especialistas do Centro Estadual de Contingência, que, preocupados com a escalada da pandemia no Estado, pediam que o governo impedisse o funcionamento de bares após as 20 horas - período em que o movimento começa a ficar maior.
O grupo de técnicos que assessora o governo de São Paulo vem pedindo há dias medidas mais rígidas de quarentena no Estado, mas o governador João Doria estaria resistente a um endurecimento radical da quarentena, preocupado com um eventual desgaste político.
No dia 30 de novembro, o governador já havia anunciado maior restrição no Estado diante do aumento de casos. As regiões que estavam na fase verde regrediram para a fase amarela. Mesmo assim, o número de pessoas internadas nos hospitais e centros de saúde continua crescendo.
O número de hospitalizados passou de 9.689 no fim do mês passado para 10.670 nesta quinta-feira, 10. A taxa de ocupação dos leitos de UTI, que na época estava em 52,2% no Estado e 59,1% na Grande São Paulo, chegou a 57,5% e 64%, respectivamente.