Governo do RJ desiste de entregar 2 hospitais de campanha
Os hospitais de campanha de Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu não serão concluídos, informou a Secretaria Estadual de Saúde
O governo do Rio de Janeiro desistiu de dois dos cinco hospitais de campanha contra a Covid-19 prometidos para o fim de abril, os hospitais de Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu não serão concluídos, afirmou nesta quarta-feira o secretário estadual de Saúde, Alex Bousquet, depois que as obras ficaram marcadas por atrasos e suspeitas de irregularidades.
O Estado tinha se comprometido no início da pandemia a abrir sete hospitais de campanha para ampliar a oferta de leitos para pacientes da doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, mas até agora apenas as unidade do Maracanã, na zona norte da capital, e de São Gonçalo, na região metropolitana, foram inaugurados -- ambos com atraso.
Os contratos para montagem dos hospitais de campanha no Estado, com custo de cerca de 800 milhões de reais, se tornaram alvo de investigação da Polícia Federal por suspeitas de irregularidades e desvios de recursos, assim como compras e contratações para o enfrentamento à pandemia.
Essas suspeitas de fraude serviram como base para a aprovação da abertura de um processo de impeachment do governador do Estado, Wilson Witzel, na Assembleia Legislativa.
Segundo o governo, os hospitais de campanha prometidos para as cidades de Nova Iguaçu e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e Nova Friburgo, na Região Serrana, estão na fase final de montagem e serão inaugurados em breve.
"Os hospitais vão servir de retaguarda para uma segunda onda", disse o secretário. Segundo ele, nos locais onde o Estado desistiu de erguer os hospitais de campanha, foram feitos acordos com hospitais particulares para assegurar oferta de leitos.
Nesta quarta-feira, foram registrados mais 2.667 casos de Covid-19 no Estado e mais 118 óbitos. O Estado do Rio tem agora 10.198 mortes e 115.278 casos de coronavírus.