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Coronavírus

Guedes pede para servidores desistirem de reajuste

Ao lado de Jair Bolsonaro, ministro afirmou que funcionalismo público não pode ficar em casa com geladeira cheia

27 abr 2020 - 13h40
(atualizado às 13h45)
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu na manhã desta segunda-feira, 27, que servidores públicos façam um sacrifício e mostrem "que estão com o Brasil" em meio à crise econômica causada pelo novo coronavírus. "Por atenção aos brasileiros, não peçam aumento por um ano e meio, contribuam com o Brasil", afirmou, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no Palácio do Alvorada.

Bolsonaro  e Guedes durante entrevista coletiva em Brasília 1/4/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Bolsonaro e Guedes durante entrevista coletiva em Brasília 1/4/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

"Precisamos também que o funcionalismo público mostre que está com o Brasil, que vai fazer um sacrifício pelo Brasil, que vai ficar em casa trancado com geladeira cheia e assistindo a crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo emprego. Não, eles vão colaborar. Eles vão também ficar sem pedir aumento por algum tempo. Ninguém vai tirar. E o presidente disse 'ninguém tira direito, ninguém tira salário, ninguém encosta em nenhum direito que existe hoje'", disse Guedes

Bolsonaro declarou apoio ao ministro nesta segunda-feira, o que trouxe alívio ao mercado financeiro, que temia que Guedes pudesse deixar o governo durante a crise, depois da saída de Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e de Sérgio Moro (Justiça).

O ministro afirmou que o Brasil "irá surpreender" depois da pandemia. "Estamos no caminho da prosperidade e não do desespero", disse. "É claro que o mundo inteiro está gastando mais agora por causa da crise, então nós também temos que gastar mais. Só que é um ano excepcional, extraordinário. O ano que vem e este ano mesmo já voltamos com as reformas. E ao no que vem, já vamos estar certamente crescendo."

Guedes demonstrou apoio às medidas do governo para minimizar efeitos da pandemia do novo coronavírus. "O programa Pró-Brasil na verdade são estudos justamente na área de infraestrutura, de construção civil. São estudos adicionais para ajudar nessa arrancada de crescimento que nós vamos fazer. Isso vai ser feito dentro dos programas de recuperação de estabilidade fiscal", disse.

O plano foi apresentado na semana passada sem a presença de Guedes e outros integrantes da equipe econômica.

Segundo o ministro, o Executivo deve fechar ainda nesta semana um acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para aprovação da descentralização de recursos para Estados e municípios. "O presidente sempre disse 'mais Brasil, menos Brasília'", ressaltou. Em aceno ao Congresso, ele afirmou que acredita no apoio à aprovação de reformas econômicas.

Estadão
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