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Coronavírus

Hospitalizados com covid-19 podem ter sintomas por meses

Estudo identifica falta de ar, fadiga, ansiedade e depressão por três meses após a infecção inicial

19 out 2020 - 10h44
(atualizado às 11h01)
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Mais da metade dos pacientes internados com covid-19 que receberam alta hospitalar ainda teve sintomas como falta de ar, fadiga, ansiedade e depressão por três meses após a infecção inicial, de acordo com as conclusões de um estudo feito no Reino Unido.

Pessoal médico trata paciente com Covid-19 em hospital em Bérgamo, na Itália
12/05/2020
REUTERS/Flavio Lo Scalzo
Pessoal médico trata paciente com Covid-19 em hospital em Bérgamo, na Itália 12/05/2020 REUTERS/Flavio Lo Scalzo
Foto: Reuters

A pesquisa, liderada por cientistas na Universidade de Oxford, analisou o impacto de longo prazo da covid-19 em 58 pacientes internados por causa da doença pandêmica.

O estudo determinou que alguns pacientes tiveram anormalidades em múltiplos órgãos depois de serem infectados pelo novo coronavírus e que a inflamação persistente causou problemas para alguns por meses.

O estudo não foi revisado por outros cientistas, mas foi publicado antes dessa revisão no site MedRxiv.

"Essas descobertas enfatizam a necessidade de se explorar mais os processos fisiológicos associados à covid-19 e desenvolver um modelo holístico, integrado de atendimento clínico para nossos pacientes depois que eles têm alta do hospital", disse Betty Raman, médica do Departamento Radcliffe de Medicina, de Oxford, que coliderou o estudo.

Um relatório inicial do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde britânico publicado na semana passada mostrou que doenças remanescentes após a infecção pela covid-19, algumas vezes chamada de "Covid longa", pode envolver uma ampla gama de sintomas que afetam todas as partes da mente e do corpo.

Os resultados do estudo de Oxford mostrou que dois a três meses após o início da covid-19, 64% dos pacientes sofreram com falta de ar persistente e 55% relataram fadiga significativa.

Exames mostraram anomalias nos pulmões de 60% dos pacientes, nos rins de 29% e nos corações de 26% e nos fígados de 10%.

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