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Coronavírus

Isolamento em SP no sábado foi de 50%; índice preocupa

Índice baixo vem preocupando a gestão Doria, que prorrogou a quarentena no Estado até 31 de março.

10 mai 2020 - 15h53
(atualizado às 16h05)
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Pesquisa aponta que população defende medidas de isolamento, mas ainda assim SP tem tido dificuldade em manter a baixa circulação de pessoas
Pesquisa aponta que população defende medidas de isolamento, mas ainda assim SP tem tido dificuldade em manter a baixa circulação de pessoas
Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas / BBC News Brasil

São Paulo registrou uma taxa de isolamento social de apenas 50% neste sábado (9), índice mais baixo para este dia da semana desde que a quarentena foi implementada no Estado. A taxa de isolamento social costuma subir aos finais de semana, mas o índice vem caindo e ficando abaixo dos 50% em dias de semana, o que acendeu um sinal de alerta no governo paulista. Os baixos índices, aliados a uma alta ocupação nos leitos de UTI e ao avanço da doença pelo interior, fizeram o governador João Doria (PSDB) prorrogar a quarentena até o dia 31 de maio. Ao prorrogar a medida, Doria classificou o cenário de "desolador".

A meta de isolamento social é de 60% e o ideal é 70%, a fim de evitar um colapso no sistema de saúde, que já está sobrecarregado. Na Grande São Paulo, de acordo com balanço da Secretaria Estadual da Saúde, a taxa de ocupação nos leitos de UTI é de 87%. No Estado, esse índice é de 68,4%. O Estado tem mais de 9,5 mil pacientes internados, sendo 3.794 em UTI e 5.734 em enfermaria. Na sexta-feira, o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, afirmou que uma taxa de isolamento inferior a 55% "trará problemas no atendimento aos pacientes".

A quarentena foi implementada em todo o Estado de São Paulo no dia 24 de março. A medida permite somente o funcionamento dos serviços considerados essenciais e continua valendo para os 645 municípios paulistas.

Epicentro da doença no País, São Paulo já registrou 3.608 mortes pelo novo coronavírus e tem 44.411 casos confirmados da doença. Das 645 cidades paulistas, 409 já têm pelo menos um caso confirmado da covid-19, e um ou mais óbitos ocorreram em 176 municípios.

Além da ampliação da quarentena pelo Estado, a Prefeitura de São Paulo anunciou um novo rodízio de veículos na cidade, que começa a valer nesta segunda-feira, 11, e tem como objetivo tirar 50% dos carros das ruas e restringir a circulação das pessoas e do vírus. A medida vale para toda a cidade, o dia todo, inclusive aos finais de semana. Nos dias pares, circulam placas de final par (0,2,4,6 e 8). E nos dias ímpares, as placas de final ímpar (1,3,5,7 e 9).

Índices por sábado desde a implementação da quarentena

  • 28/03 - 56%
  • 04/04: 57%
  • 11/04: 55%
  • 18/04: 54%
  • 25/04: 52%
  • 02/05: 53%
  • 09/05: 50%

Veja como vai ser o novo rodízio

Como vai funcionar o novo rodízio?

Os carros com placas de final ímpar (1, 3, 5, 7 e 9) só poderão circular nos dias ímpares. Os carros com placa final par (0, 2, 4, 6 ou 8) só poderão circular nos dias pares. Essa é a mudança importante em relação à regra anterior: o número da placar define quem deve circular. No modelo antigo, o número da placa definia restrição de circulação.

O rodízio vai valer em que período do dia?

O rodízio valerá para as 24 horas de cada dia. Antes, ele acontecia em dois períodos, das 7h às 10h e das 17h às 20h.

Onde haverá restrição de circulação?

Em toda a cidade de São Paulo. Antes, o rodízio valia apenas para o centro expandido da capital paulista, no chamado centro expandido.

O rodízio começa na próxima segunda-feira, dia 11. Por exemplo: no dia 11 de maio, só poderão circular os carros com placas ímpares; os carros pares estão proibidos de deixar a garagem. No dia 12, terça-feira, vale o contrário: podem circular apenas os carros pares.

Até quando o novo rodízio vai durar?

Segundo a prefeitura, ele valerá enquanto durar a pandemia do novo coronavírus.

Quando é dia de rodízio?

Todos os dias, incluindo sábados e domingos. Antes, a restrição era de segunda a sexta-feira. Os veículos devem se revezar dos veículos ao longo da semana.

Quem está excluído do rodízio?

Carros da polícia, do Exército, prestadores de serviço de rede elétrica e de gás e também veículos da área da saúde.

Qual o valor da multa?

O descumprimento do rodízio rende multa de R$ 130,16 ao infrator, além da perda de quatro pontos na sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

E os profissionais da saúde?

Médicos estão isentos do rodízio. Os profissionais de saúde devem fazer um cadastro junto à prefeitura para ficarem fora da medida de restrição de circulação. O cadastro terá de ser feito em até 10 dias, por meio de envio de dados como CPF, nome, estabelecimento em que trabalha o profissional e a placa do veículo. As multas que forem aplicadas nos próximos 10 dias a esses profissionais serão descartadas posteriormente. Os profissionais devem enviar email para: isencao.covid19@prefeitura.sp.gov.br

Boa parte dos carros que circulam em São Paulo são de outros municípios. Como eles serão multados?

A secretaria Municipal de Mobilidade e Transporte esclarece que o sistema de multas não terá alterações. Veículos de outros municípios continuam a ser multados na cidade de São Paulo se infringirem as novas normas. A multa vai chegar ao município de origem do veículo.

Dentro do centro expandido, os radares flagram a infração ao rodízio, mas fora dele não há como registrar. São os agentes de trânsito que aplicarão as multas?

Também de acordo com a secretaria, os radares de toda a cidade estarão programados para flagar o desobedecimento ao rodízio fora do centro expandido. Os agentes de trânsito também continuam a fiscalizar.

O que acontece nos meses com 31 dias?

Carros de placa final par não poderão circular por dois dias seguidos na virada dos meses com 31 dias. Isso vai acontecer nos dias 31 de maio e 1º de junho, por exemplo. Nesses dois dias, apenas os veículos com placar ímpar terão permissão para trafegar pela cidade.

Estadão
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