Itália quer vacinar 1,7 milhão de pessoas até fim de janeiro
País criou um grupo para organizar a distribuição das vacinas
O comissário extraordinário para a gestão da pandemia na Itália, Domenico Arcuri, anunciou nesta quinta-feira (12) que o governo pretende aplicar uma vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) nos primeiros italianos no final de janeiro.
De acordo com Arcuri, "a vacina não estará disponível a partir de amanhã ou imediatamente para todos". No entanto, as autoridades acreditam que poderão imunizar 1,7 milhão de seus cidadãos no início de 2021.
"Com a chegada das vacinas à Itália, estamos confiantes de que temos a meta das primeiras pessoas a serem vacinadas e, sobre isso, aguardamos o plano do Ministério", disse.
O comissário extraordinário afirmou que "os italianos serão vacinados de acordo com sua fragilidade e potencial exposição ao vírus". "Pessoas que trabalham em hospitais serão as primeiras a receber vacinas, bem como idosos e os que são mais frágeis".
Desde o dia 4 de novembro, o governo da Itália montou um grupo de trabalho para organizar a logística da distribuição das futuras vacinas contra o Sars-CoV-2.
Durante videoconferência com autoridades sanitárias, Arcuri explicou que a distribuição não será regional, mas o "governo decidiu que há uma centralização do mecanismo, identificando as categorias dos primeiros cidadãos para os quais [a vacina] será necessária".
Por fim, o especialista ainda ressaltou que, neste momento do avanço da pandemia, a Itália precisa "de medidas não uniformes como as que foram introduzidas". "Existem regiões onde se fazem sentir os primeiros sinais de arrefecimento da epidemia e outras onde a situação continua crítica e é necessária mais ação para ajudar a conter o aumento dos surtos".