Itália tem recorde de casos e maior n° de mortes desde maio
Foram 221 óbitos e 21.994 novas infecções em 24 horas
Os números da pandemia do coronavírus Sars-CoV-2 voltaram a acelerar na Itália e o país registrou nesta terça-feira (27) mais 221 vítimas da pandemia, elevando para 37.700 o número de pessoas que perderam a vida por covid-19 desde fevereiro.
O dado divulgado pelo Ministério da Saúde é o mais alto desde 15 de maio, quando haviam sido contabilizados 242 falecimentos.
O país ainda bateu o recorde absoluto de novos casos em um dia, com 21.994 contaminações em 24 horas, aumentando para 564.778 a quantidade de cidadãos que já contraíram a doença. A Lombardia lidera a quantidade de novos casos nos dados absolutos, com 5.035, seguida por Campânia (2.761), Piemonte (2.458) e Lazio (1.993). Os casos ativos também voltaram a subir, com 18.406, elevando para 255.090 a quantidade de pessoas que lutam contra a covid-19 atualmente. Um dos dados mais preocupantes é o aumento constante nas internações hospitalares: são 13.955 pessoas internadas em hospitais e outras 1.411 hospitalizadas em unidades de terapia intensiva - esse número chegou a 40 no início de agosto.
Os pacientes considerados curados aumentaram em 3.362, chegando a 271.988 desde fevereiro deste ano.
Já na média móvel de casos nos últimos sete dias está em 18.621, o maior número desde o início da crise sanitária de covid-19, e a média móvel de óbitos para o mesmo período está em 142 - maior dado desde 21 de maio.
A diretora do Instituto Superior de Saúde (ISS), órgão ligado ao governo italiano, Flavia Riccardo, afirmou mais cedo à ANSA que "mais de 80% de todos aqueles que contraíram a infecção são assintomáticos ou paucissintomáticos [com sintomas muito leves]".
Riccardo explicou que essa é uma diferença notada na comparação com o início da pandemia. Segundo a especialista, 56,5% dos que fizeram os testes RT-PCR entre 20 de julho e 20 de outubro estão nessa categoria. Entre 20 de fevereiro e 20 de maio, eles representavam apenas 15,1% dos registros.
Para a diretora do ISS, essa ampla diferença deve-se ao fato de uma maior quantidade de exames feitos e pelas atividades de monitoramento mais intensas agora do que no início da crise sanitária. .