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Coronavírus

Lideranças lamentam 500 mil mortes e criticam Bolsonaro

Marca fúnebre de meio milhão de mortos por covid-19 levou políticos e lideranças a manifestaram-se nas redes sociais

19 jun 2021 - 17h37
(atualizado às 17h59)
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A marca fúnebre de meio milhão de mortos por covid-19 levou políticos e lideranças a manifestaram-se nas redes sociais. As mensagens lamentam as mortes e algumas culpam o governo Bolsonaro pelos 500.022 óbitos registrados até as 14h deste sábado.

O ex-presidente da Câmara e deputado federal Rodrigo Maia (RJ) destacou que o Brasil acumulou "100 mil novas mortes por covid-19 em 50 dias"
O ex-presidente da Câmara e deputado federal Rodrigo Maia (RJ) destacou que o Brasil acumulou "100 mil novas mortes por covid-19 em 50 dias"
Foto: Wallace Martins / Futura Press

Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde, publicou um vídeo onde responsabiliza o governo de Jair Bolsonaro pelas mortes. "Chegamos a mais uma triste marca de vidas perdidas. Culpa de um governo genocida", afirmou Pigatto.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PT), tuitou que decretou luto oficial de três dias no Estado "em face da enorme tragédia representada por 500.000 mortes por coronavírus no Brasil". "Todas as vidas são sagradas e o mal não pode ser banalizado. Minha solidariedade às famílias brasileiras", escreveu Dino.

O ex-presidente da Câmara e deputado federal Rodrigo Maia (RJ) destacou que o Brasil acumulou "100 mil novas mortes por covid-19 em 50 dias". "O Brasil atinge a trágica marca de 500 mil mortes. Um número que poderia ser bem menor se o presidente Bolsonaro tivesse defendido a vacina e não o obscurantismo desde o início".

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) escreveu: "milhões de brasileiros choram a perda de seus avós, pais, filhos para a covid-19. Nosso mais profundo pesar às famílias enlutadas". E acrescentou: "Que nosso respeito se dê com atitudes conscientes, vacinação e cuidados sanitários".

Alguns partidos também publicaram em suas contas no Twitter críticas ao governo Bolsonaro. O PSDB publicou um vídeo com fotos e legendas lembrando as diretrizes, recomendações de uso de remédios como a cloroquina e críticas do presidente da República contra medidas simples como o uso de máscara. "Com Bolsonaro, a tragédia estava anunciada", diz o tuíte e a mensagem do vídeo.

O Democratas escreveu no Twitter: "chegamos hoje à absurda marca de MEIO MILHÃO de vidas perdidas pela Covid-19. Não podemos tratar com naturalidade esse número. Muitas mortes poderiam ter sido evitadas com a aceleração da vacinação em todo Brasil. Cada vida importa! Nossos sentimentos aos familiares das vítimas".

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também publicou um vídeo com uma ilustração dos 500 mil mortos e a legenda: "Não são só números. Perdemos meio milhão de vidas para a covid-19". Rodrigues escreveu: "alcançamos hoje a trágica marca de 500 mil perdas p/ a Covid-19, entre esses, milhares de amapaenses. São nomes, rostos, olhares, sorrisos que deixaram saudades e vazios imensos. Se hoje lutamos por vacina na CPI, é para que nosso povo não chore mais mortes. O luto não tem fim!".

Em um tuíte, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) questiona: "se isso não é um genocídio, o que mais seria?". Ele defende que, "não fosse a condução criminosa de Bolsonaro na pandemia", "3 em cada 4 brasileiros poderiam estar vivos". "Ou seja, 339 mil vidas dessas 500 mil seriam salvas."

O deputado federal Aliel Machado (PSB-PR) também defende que a tragédia poderia ter sido amenizada. "Triste e revoltante. Quantas famílias foram destruídas? Quantas mortes poderiam ter sido evitadas com as medidas corretas e com a compra mais rápida da vacina? Que Deus conforte o coração dos familiares das vítimas."

Manifestações

O senador Humberto Costa (PT-PE) registrou as manifestações em suas redes sociais. No entanto, como integrante da CPI da Covid, o senador decidiu não comparecer presencialmente nos atos. Ele pontuou que o PT, no entanto, está apoiando os protestos. "Dirigentes estão indo participar", disse ao Estadão/Broadcast.

Questionado sobre o fato de a oposição estar dividida sobre comparecer às manifestações, em razão da pandemia, Costa classificou o receio como natural. "Estamos na iminência de uma terceira onda. Agora, ninguém pode impedir os movimentos sociais e as pessoas de se manifestarem. A situação está crítica por conta desse governo", afirmou o senador.

O senador Paulo Rocha (PT-PA), líder do partido no Senado, participa das manifestações em Belém. O petista, que já tomou as duas doses da vacina contra a covid, mostrou sua presença (de máscara) em uma rede social. O deputado federal Pedro Ucazai (PT-SC) participou da manifestação em Brasília e também registrou em suas redes sociais. O vereador Chico Alencar (PSOL-RJ), ex-deputado federal, participou do ato no Rio de Janeiro. "Nosso mandato está presente. Já chegamos ao ato #19ForaBolsonaro, com máscaras PFF2, álcool e muita disposição pra luta. Milhares nas ruas clamando pelo #ForaBolsonaro", escreveu em sua rede social.

Estadão
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