Macron decreta lockdown na França para conter 2ª onda
O lockdown, em todo o território francês, começará a partir da próxima sexta-feira (30). As escolas, porém, permanecerão abertas
O presidente da França, Emmanuel Macron, decretou nesta quarta-feira (28) um lockdown em todo o território nacional a partir da próxima sexta-feira (30), na tentativa de conter a segunda onda do novo coronavírus (Sars-CoV-2). As escolas, porém, permanecerão abertas.
Macron, afirmou que o novo lockdown nacional, que se inicia na sexta-feira, irá permanecer em vigor até 1º de dezembro para frear a disseminação exponencial do coronavírus.
Segundo o líder francês, bares, restaurantes e comércios não essenciais ficarão fechados. As escolas e atividades consideradas fundamentais, porém, permanecerão abertas. As restrições serão válidas até pelo menos 1º de dezembro.
O anúncio foi feito durante pronunciamento televisionado, e o bloqueio não será tão restritivo quanto o primeiro feito no início da pandemia, entre março e maio.
O novo decreto prevê ainda que as fronteiras entre os países do tratado Schengen continuem abertas. No entanto, as viagens regionais dentro do país ficarão proibidas. Além disso, as pessoas só poderão sair de casa para atividades profissionais essenciais, que devem ser comprovadas com atestados obrigatórios.
"As medidas adotadas até agora contra a segunda onda do coronavírus, como o toque de recolher nas áreas de máximo alerta, tem sido útil, mas não é suficiente. O vírus circula na França a uma velocidade que nem mesmo as previsões mais pessimistas previam", afirmou Macron, ressaltando que a nova fase da pandemia será "mais dura e letal que a primeira".
No balanço desta quarta, o país registrou um número recorde de novos casos de coronavírus no período de 24 horas: foram 69.854 pessoas diagnosticadas com a Covid-19. Ao todo, 767 óbitos foram confirmados no período.
Durante seu pronunciamento, Macron informou que o país pode contabilizar pelo menos mais 400 mil mortes em poucos meses se o governo não fizer nada contra o coronavírus.
"Devemos permanecer unidos e solidários e não ceder ao veneno das divisões. Estou confiante na nossa capacidade de passar neste teste, temos de aguentar, vamos conseguir. Para recuperar temos de nos manter unidos e continuaremos unidos", finalizou.