Manifestações de rua se adaptam ao ‘novo normal’
Atos de protesto cada vez mais seguem protocolos de prevenção à covid-19
Exceções à parte, notadamente de quem não se curva às evidências dos riscos de uma pandemia, há uma lógica seguindo cada vez mais as manifestações de rua no Brasil. Protocolos têm sido estabelecidos por seus organizadores, a fim de minimizar a possibilidade de uma transmissão do novo coronavírus durante os atos.
Duas semanas atrás, um protesto de motoristas de transporte escolar, na zona norte do Rio, chamou à atenção pelo cuidado com o uso do microfone pelos que faziam discursos. O instrumento era higienizado com álcool toda vez que passava para outras mãos. Os profissionais buscavam apoio municipal, estadual e federal para lidar com a atual crise.
Antes, em 7 de junho, grupos que se mobilizaram por meio de redes sociais percorreram ruas do centro da cidade para denunciar e repudiar a violência policial contra a população negra. Todos, com máscaras protetoras, ergueram faixas e entoaram canções de protesto a uma distância mínima de dois metros uns dos outros.
Nesta terça (7), nova manifestação ocorreu em frente ao Palácio Guanabara, na zona sul. Desta vez, foram os guias de turismo que fizeram suas reivindicações – também em busca de incentivos neste momento. Quem esteve no ato, teve de seguir à risca as recomendações – colocar máscara, manter a distância de segurança, prender os cabelos (homens e mulheres) e levar álcool em gel para uso individual.
Os três casos citados, todos no Rio, são exemplos do que já pôde ser verificado em vários Estados do País. Pelo menos em São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia e no Distrito Federal houve eventos similares, com os mesmos protocolos, nas últimas semanas.