Manifestantes fazem carreata contra Maia e ministros do STF
Manifestantes furam isolamento social e se aglomeram em frente ao Museu da República e à Catedral de Brasília
BRASÍLIA - Aos gritos de "Fora Maia!" uma carreata de manifestantes pró-Bolsonaro toma da conta da Esplanada dos Ministérios na manhã deste domingo, 3. Dentro de centenas de carros, gritam palavras de ordem contra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia em que o Brasil chega ao número de mais de 100 mil pessoas contaminadas pela covid-19, com mais de 7.500 pessoas mortas, os manifestantes furam o isolamento social e se aglomeram em frente ao Museu da República, e da Catedral de Brasília. É dia de sol e calor em Brasília. Nas calçadas, ambulantes vendem bandeiras do Brasil. Muitas pessoas também circulam a pé e de bicicleta pela área.
Um carro de som é usado pelos manifestantes, que gritam palavras de ordem e de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, que desde o início da pandemia minimiza a doença, diz que não se trata de nada grave e insiste em convencer as pessoas a irem para a rua, uma posição que seu próprio Ministério da Saúde, além de todas as autoridades e especialistas do Brasil e do mundo, rejeitam duramente.
A Polícia Rodoviária Federal acompanha a movimentação. A previsão é sigam pela Esplanada até a Praça dos Três Poderes. Brasília tem registrado, até o momento, um número baixo de casos de contaminações e mortes por covid-19, p
orque boa parte da população tem respeitado as medidas de isolamento impostas pelo governo do Distrito Federal. Nos últimos dias, porém, tem aumentado o número de pessoas circulando pela cidade, apesar de as estatísticas indicarem que o coronavírus ainda não chegou ao pico em nenhuma região do País. Em todos os locais, os números de casos e mortes são ascendentes.
Ontem, Bolsonaro saiu do Palácio do Alvorada e visitou cidades de Goiás. Desrespeitando completamente todas as recomendações de isolamento social, o presidente causou aglomerações, abraçou pessoas e disse que as medidas de proteção são "uma irresponsabilidade".