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Coronavírus

Mercados despencam após Trump projetar 100 mil mortos

Bolsas da Europa e mercados futuros de Nova York operam em queda; Bolsas da Ásia tiveram queda generalizada

1 abr 2020 - 06h56
(atualizado às 07h55)
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Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, projetar que haverá, ao menos, 100 mil mortes no país por conta do novo coronavírus, causador da covid-19, os mercados internacionais despencam. As Bolsas da Europa, que abriram as negociações na manhã desta quarta-feira, 1º, têm queda generalizada. As Bolsas da Ásia fecharam os respectivos pregões em queda, e os mercados futuros das Bolsas de Nova York também caem.

Homem observa painel na bolsa de valores de São Paulo em dia de circuit breaker 
16/03/2020
REUTERS/Rahel Patrasso
Homem observa painel na bolsa de valores de São Paulo em dia de circuit breaker 16/03/2020 REUTERS/Rahel Patrasso
Foto: Reuters

Na terça-feira, 31, os índices internacionais tiveram um certo respiro, com a China recuperando parte das perdas das últimas semanas em seu pregão e a Europa voltando a avançar em seus mercados. Mas, como tem acontecido de forma recorrente desde o começo de março, o efeito "sobe e desce", quase que diário, tem acometido todos os mercados ao redor do mundo, por conta das incertezas relacionadas à pandemia.

Mercados internacionais

As Bolsas europeias abriram o pregão desta quarta-feira em forte baixa. Nas próximas horas, investidores vão acompanhar índices de atividade (PMIs) industrial da região, assim como dados de desemprego da zona do euro. Às 4h16, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres caía 3,44%, a de Frankfurt recuava 3,37% e a de Paris se desvalorizava 3,40%. Em Milão, Madri e Lisboa, as perdas eram de 2,02%, 2,34% e 1,56%, respectivamente.

Na Ásia, a maior queda foi vista no Japão, que recuou 4,50%, seguida de Coreia do Sul, (-3,94%), e Hong Kong, (-2,19%). China e Taiwan tiveram quedas menos expressivas, com (-0,57%) e (-0,46%), respectivamente. O único país no oriente do mundo a ter alta foi a Austrália, na Oceania, com aceleração de 3,52%.

Petróleo

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na madrugada desta quarta-feira, após encerrarem na terça seu pior trimestre da história em meio aos efeitos adversos do coronavírus, reagindo aos últimos números do American Petroleum Institute (API), que no fim da tarde de terça estimou um salto de 10,5 milhões de barris no volume estocado de petróleo bruto dos EUA na última semana.

O Departamento de Energia (DoE) divulga a pesquisa oficial sobre estoques americanos na manhã desta quarta. Às 4h47 (de Brasília), o petróleo WTI para maio caía 0,98% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 20,28 o barril, enquanto o petróleo Brent para junho recuava 4,40% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 25,19 o barril.

Lembrando que a commodity chegou a ser negociada, recentemente, abaixo de US$ 20, em mínima dos últimos 18 anos.

Mercados futuros

Pelos mesmos motivos, os futuros das Bolsas de Nova York operam em forte baixa na madrugada desta quarta-feira e os juros dos Treasuries de mais longo prazo também caem. Às 4h33 (de Brasília), no mercado futuro, Dow Jones caía 3%, S&P 500 recuava 2,99% e Nasdaq se desvalorizava 2,61%. No mesmo horário, o rendimento da T-note de 10 anos diminuía a 0,590% e o do T-bond de 30 anos caía a 1,251%.

Estadão
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