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Coronavírus

Moradores de ilha no Rio criam rede de solidariedade

23 mar 2020 - 15h35
(atualizado às 15h36)
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Moradores de ilha dão exemplo de fraternidade, no Rio
Moradores de ilha dão exemplo de fraternidade, no Rio
Foto: Associação de Moradores da Ilha Primeira / Divulgação

A Ilha Primeira, localizada no complexo lagunar da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, agrupa cerca de 1200 moradores, em dez ruas bem arborizadas e uma pequena pracinha, onde idosos costumam se encontrar. Foi exatamente com o propósito de proteger os mais velhos, e outros com doenças crônicas e problemas de locomoção, que a Associação de Moradores da Ilha Primeira (Amip) passou a direcionar suas ações nos últimos dias para os mais vulneráveis, os que sofrem indiretamente com os efeitos da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

"Começamos a pensar assim: o que podemos fazer para essas pessoas? Então nos oferecemos para comprar remédios e alimentos para quem tem dificuldades. Sete moradores se prontificaram a integrar essa rede de solidariedade. Quando um desses voluntários vai à rua e precisa atravessar a ilha de barco, posta uma mensagem nos grupos de Whatsapp, recebe os pedidos e assim ajuda o próximo”, conta Thamar de Araújo, presidente da Amip.

“Tem um cuidando do outro, aqui; quando alguém dispõe de alguma coisa a mais e sabe que o vizinho não tem, faz a doação. Claro que com todo protocolo, de higienização.”

O comércio local é reduzido – apenas dois bares e uma pensão. Para se juntar ao mutirão, um desses comerciantes, Anderson Gama, que presta um serviço de entrega de mercadorias, o Ilha Delivery, decidiu não repassar as tarifas do transporte de barco para idosos, gestantes e outros impossibilitados de se locomover. “É o mínimo que podemos fazer”, diz ele.

A Ilha Primeira atrai turistas, agora escassos, e depende do trabalho diário de barqueiros. A fim de estender essa rede de proteção, a Amip providenciou um rateio para oferecer kits com álcool gel e sabão líquido aos responsáveis pelas travessias. Profissionais de saúde que moram na ilha têm lhes ensinado o modo correto de lavar as mãos e se oferecem para tirar dúvidas.

"Tudo isso para que estejam protegidos, não só porque eles nos levam e trazem, e a nossa família, mas também por que conhecemos cada barqueiro e prezamos para que possam passar por essa situação tão difícil", ressalta Thamar.

Veja também: 

Como brasileiros na Europa vivem isolamento por coronavírus:

Foto: Associação de Moradores da Ilha Primeira (Divulgação)

Legenda - Moradores de ilha dão exemplo de fraternidade, no Rio

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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