Morre Rodrigo Rodrigues após complicações do coronavírus
Apresentador do SporTV foi internado no sábado (25) por recomendação médica após piora nos sintomas de covid-19
Morreu nesta terça-feira (28) o apresentador do SporTV Rodrigo Rodrigues, de 45 anos, após complicações no quadro de coronavírus. A informação foi confirmada pelo canal onde o jornalista trabalhava.
Por recomendação médica, Rodrigo estava internado no Hospital da Unimed, no Rio de Janeiro, desde o sábado (25) depois de sentir sintomas mais fortes de covid-19.
Segundo a Globo, desde que o titular do 'Troca de Passes' sentiu os primeiros sintomas da doença ele foi afastado dos estúdios, sendo 9 de julho a última data em que ele capitaneou o programa esportivo. No dia 13, o jornalista testou positivo para o novo coronavírus. Por 12 dias o apresentador apresentou sintomas leves, até que no último sábado o caso se agravou: desorientação e dores de cabeça se somaram ao mal estar que sentia.
Em decorrência do vírus, Rodrigo Rodrigues foi diagnosticado com uma trombose venosa cerebral e, um dia após sua internação, foi submetido a uma cirurgia para aliviar a pressão intracraniana. Nesta terça, contudo, não resistiu às complicações.
Rodrigo Rodrigues possui passagens por diversos canais de TV, como SBT, TV Cultura, Band, Gazeta, ESPN Brasil e Esporte Interativo. E está no SporTV desde 2019.
Confira a nota divulgada pela Rede Globo:
Morre Rodrigo Rodrigues, apresentador do 'Troca de Passes' do SporTV
Nesta terça-feira, dia 28, o apresentador do SporTV, Rodrigo Rodrigues, morreu no Rio de Janeiro, aos 45 anos, por complicações da COVID-19. A Globo se despede com carinho de Rodrigo, lamenta a sua partida tão prematura e se solidariza com a família e com os amigos.
Rodrigo deixa lembranças de seu bom humor e de uma carreira onde jornalismo e música sempre caminharam juntos, como contam seus companheiros do Esporte da Globo:
'Em janeiro de 2019, o Esporte da Globo ficou mais divertido com a chegada de um apresentador bem-humorado, cheio de referências musicais e um olhar que fugia do senso comum.
Rodrigo Rodrigues apresentou diferentes programas do SporTV até se tornar titular do 'Troca de Passes'. Apresentou também o 'Globo Esporte' de São Paulo em diversos sábados. Rodrigo começou a carreira em 1995, na Rede Vida. Trabalhava com o que mais gostava: música. Em 2001, cobriu o Rock in Rio. O jeito espontâneo arrancava as melhores respostas. Passou por TV Cultura, SBT e Bandeirantes e lançou o primeiro livro em 2008: "As Aventuras da Blitz", que conta a história da banda de rock liderada por Evandro Mesquita.
Em 2011, o jornalista cultural decidiu se aventurar no esporte. Foi contratado pela ESPN e cativou os atletas da mesma forma que fazia com os músicos. Rodrigo sabia dar espaço para cada convidado brilhar. Cada um no seu momento. Como numa banda de rock, todo instrumentista tem direito ao solo. Nada mais natural para esse jornalista-roqueiro, líder da banda "The Soundtrackers", que toca músicas de filmes e lançou três discos.
Durante uma apresentação da banda no 'Domingão do Faustão', Rodrigo respondeu assim à pergunta de Fausto sobre o começo de sua carreira: "Eu comecei desenhando, aí passei pro violão. E, aí, quando eu achava que ia ser professor de arte e tocar na noite, eu fiz um teste acidental e virei apresentador. Não parei mais, faz 25 anos... Mas eu nunca deixei de tocar, eu faço questão de manter a banda porque uma paixão alimenta a outra".
Rodrigo Rodrigues tinha 45 anos. No dia 13 de julho, decidiu fazer teste para COVID-19 mesmo sem sintomas - dia 9 tinha sido seu último dia presencial no trabalho. Relatou que um amigo, com quem teve contato, tinha acabado de testar positivo. O resultado do teste de Rodrigo também deu positivo e ele foi imediatamente afastado. Nos dias posteriores, Rodrigo apresentou sintomas como falta de paladar e olfato, mas dizia se sentir bem.
No entanto, a situação mudou no último sábado. Segundo o boletim médico do hospital onde foi internado, Rodrigo deu entrada na emergência com quadro de dor de cabeça, vômito e desorientação. No dia seguinte, foi submetido a um procedimento para diminuição da pressão intracraniana em decorrência de uma trombose venosa cerebral. Ele não resistiu e teve a morte confirmada hoje'.
Desde o início da pandemia, a Globo tem nas medidas de prevenção da doença e no apoio incondicional aos profissionais contaminados com a COVID-19 as suas maiores prioridades.