Moscou começa vacinação em massa contra covid-19 no sábado
Cidade será usada como 'teste' para imunização nacional
A capital da Rússia, Moscou, começará o procedimento de vacinação em massa da população no próximo sábado (05), como uma forma de testar o sistema nacional de imunização para a crise sanitária da covid-19, informou o prefeito Sergey Sobyanin nesta quinta-feira (03).
Um dia antes, o presidente do país, Vladimir Putin, ordenou que fosse iniciada uma vacinação em massa com o imunizante Sputnik V, criado pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia, já no fim da próxima semana. Essa vacina já estava sendo aplicada em médicos de hospitais específicos e em militares.
"Em coordenação com o governo russo, e de forma a testar o enorme mecanismo de vacinação em massa, nós estamos abrindo o registro eletrônico para a aplicação [da vacina] para trabalhadores da educação, trabalhadores dos serviços médicos em todas as suas formas, bem como para trabalhadores dos serviços sociais da cidade, começando em 4 de dezembro. Os centros de vacinação começarão a operar em 5 de dezembro", informou o prefeito na página oficial da prefeitura.
Sobyanin informou que os grupos que poderão ser vacinados serão ampliados nas próximas semanas "conforme cheguem os novos lotes da vacina".
"Armazéns especiais foram preparados, geladeiras e contêineres refrigerados para a entrega das vacinas foram preparados. Os centros de vacinação foram equipados com refrigeradores médicos e as equipes passaram por um treinamento especial", destacou ainda Sobyanin sobre a preparação da capital russa para a operação gigantesca.
A imunização em massa vem em um momento que a Rússia bate recordes diários de novos casos de coronavírus Sars-CoV-2, sendo que foram 28.145 nas últimas 24 horas - o maior número desde fevereiro deste ano. Já a cidade de Moscou contabilizou 7.750 infecções no mesmo período.
Conforme dados da Universidade Johns Hopkins, o país é o quarto no mundo no total de contaminados, com 2.354.934 testes positivos, e o 10º em óbitos, com 41.173 vítimas. .