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Coronavírus

'Não esperava que abertura fosse tão rápida', diz nutricionista brasileira em Sparks, nos EUA

Natália Gava conta que a maioria dos estabelecimentos comerciais já funciona com 50% da capacidade e crianças vão à escola normalmente

2 mai 2021 - 22h06
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Natália Gava, Sparks, Estados Unidos

Volta à 'normalidade'

"Eu estou agora em Sparks, Estado de Nevada, perto da cidade de Reno. Nós estamos com a maioria dos estabelecimentos abertos, com 50% da capacidade, com exceção de danceterias, casas de shows, que estão fechados. As escolas estão abertas normalmente desde agosto quando começou o ano letivo. As crianças estão indo para as aulas normalmente. E os adultos frequentam o comércio normalmente. Existe só um controle no número de pessoas que podem estar dentro dos estabelecimentos. Nas festas privadas, nós temos uma restrição. Eles pedem para receber no máximo 25 pessoas em casa."

Nutricionista Natália Gava, de 37 anos, mora nos Estados Unidos.
Nutricionista Natália Gava, de 37 anos, mora nos Estados Unidos.
Foto: Reprodução/TV Estadão / Estadão

Cuidados permanecem

"A recomendação também é de que as pessoas usem máscaras, a não ser que estejam vacinadas. O ideal é que pessoas que não foram vacinadas se encontrem somente com uma outra família de cada vez e que continuem usando máscaras. Mas as viagens, por exemplo, estão liberadas, desde que se use máscara em qualquer tipo de transporte. Há só um controle de quem pode entrar de viagens internacionais. Eles aqui estão também recomendando que não se viaje para fora do país, a não ser que seja extremamente necessário."

Experiência com 2ª onda

"Agora, nós estamos no verão, mas aqui também é relativamente frio. Nós já tivemos aqui uma abertura, por volta de setembro, mas foi colocada o que eles chamaram de uma pausa em todo o Estado em novembro, porque nós tivemos uma segunda onda. E aí eles diminuíram a capacidade dos estabelecimentos de 25%. Depois disso, foi reaberto no início de março. E a ideia é abrir completamente em 1º de julho."

A aposta na vacinação

"A vacinação atingiu a população acima dos 16 anos em 12 de março. Está tendo muita procura por vacina e é bem difícil conseguir marcar. Você tem de marcar um horário para tomar a vacina. Mas está indo bem. A gente acredita que a partir das próximas duas ou três semanas vai começar a cair esse ritmo de vacinação, porque há pessoas ainda um pouco relutantes em tomar a vacina. Mas estão vacinando todos de 16 para cima. As principais vacinas são a Pfizer e a Moderna, de duas doses. A vacina da Johnson & Johnson está em pausa há quase duas semanas. A maioria dessas vacinas aqui é de duas doses."

Passado e futuro

"Eu não esperava que essa abertura fosse tão rápida. Acreditava que fosse demorar até junho ou julho. No Brasil, eu acho que, o mais importante agora, por mais difícil que seja - e eu entendo que as pessoas têm de ir trabalhar -, mas quem tem a possibilidade de ficar em casa, que fique em casa. Nós tivemos um período muito pesado aqui no final do ano. Cancelamos o Natal, passamos somente na minha casa, sem ninguém de fora. Não é fácil. Mas é por algo mais importante."

Pensando no outro

"Eu acho que não podemos pensar só na gente. A nossa preocupação maior é não passar a doença para alguém que tenha um risco maior. Então, o mais importante é que enquanto não tiver mais gente vacinada, quem puder ficar em casa, evitar festas e aglomerações, é o mais importante. Eu acho que as pessoas têm de entender que essa doença afeta diferentemente as pessoas. Tem gente que é do grupo de risco e não sofre. Mas tem gente que não é de risco, mas sofre. Não existe uma maneira correta de lidar com isso, infelizmente. É se proteger, ter muita calma e muita paciência."

Estadão
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