No Rio, quarentena dá sinais de que perde força
Já são mais frequentes aglomerações nas ruas da cidade. Estado registra mais de 130 mortes por covid-19
Filas sem respeito à distância mínima entre as pessoas em portas de agências bancárias, casas lotéricas e mercados passaram a dar um novo cenário ao Rio nos últimos dias. O rigor da quarentena, com isso, já não é o mesmo.
A reportagem do Terra circulou de carro por vários bairros da cidade nessa quinta (9) e flagrou aglomerações em diversos pontos. Há nitidamente uma mudança no comportamento do carioca notadamente nesta semana.
Havia até fila numa sorveteria aberta irregularmente em Cascadura, zona norte da cidade. Era possível também verificar rodas amistosas de conversas em várias localidades nas quais os grupos interagiam bem próximos uns dos outros.
Em Madureira, bairro com incidência da covid-19, também na zona norte, havia várias pessoas juntas à espera de autorização para entrar num banco. Na Tijuca, na mesma região da cidade, a concentração também não era diferente à frente de uma casa lotérica.
Na quarta-feira (8), o governador do Rio, Wilson Witzel, prorrogou a quarentena no Estado até o dia 30 de abril. Mas afrouxou as restrições em 30 cidades fluminenses que ainda não registraram a confirmação de casos de infecção pelo novo coronavírus.