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Coronavírus

Número diário de mortes pela covid-19 deve aumentar, diz OMS

Alta da mortalidade em outubro e novembro deve ser consequência dos novos surtos do coronavírus na Europa

14 set 2020 - 03h56
(atualizado às 07h25)
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A pandemia do novo coronavírus vai ser "mais difícil em outubro e novembro", período em que os registros diários de mortes devem aumentar, segundo o diretor europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge. A declaração foi feita à AFP no momento em que a Europa registra aumento de casos de covid-19. A taxa de mortalidade, no entanto, se mantém estável.

Enfermeira trata paciente com Covid-19 na UTI de hospital de campanha de Guarulhos (SP)
12/05/2020
REUTERS/Amanda Perobelli
Enfermeira trata paciente com Covid-19 na UTI de hospital de campanha de Guarulhos (SP) 12/05/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

A alta da mortalidade diária será a consequência dos novos surtos do coronavírus no continente europeu, disse a OMS. "Neste momento, os países não querem escutar este tipo de má notícia e eu entendo", afirmou Kluge, que ao mesmo tempo quis reforçar uma "mensagem positiva" de que a pandemia "vai ser controlada em um momento ou outro".

Nesta segunda-feira, o braço da OMS na Europa reúne os 55 países-membros da União Europeia para discutir a resposta à pandemia e elaborar uma estratégia quinquenal.

"Ouço o tempo todo que 'a vacina vai ser o fim da pandemia'. Claro que não!", disse Kluge. "Nem sequer sabemos se a vacina vai ser eficaz para todos os setores da população. Recebemos alguns sinais de que será eficaz para alguns, mas não para outros".

"Se tivermos que encomendar vacinas diferentes será um pesadelo logístico", afirmou o diretor da OMS. "O fim desta pandemia acontecerá no momento em que, como comunidade, teremos aprendido a viver com ela. E isso depende de nós. É uma mensagem muito positiva."

O número de casos diários aumenta em grande velocidade há várias semanas na Europa, particularmente na Espanha e na França. Na sexta-feira, 11, os 55 membros da União Europeia registraram 51 mil novos casos, número superior ao alcançado nos picos de abril, segundo dados da OMS.

Mesmo assim, o número diário de mortes pela covid-19 se manteve entre 400 e 500, como no início de junho./AFP

Estadão
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