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Coronavírus

Ômicron: Veja quais países barram a entrada de brasileiros

Israel, Japão e Marrocos estão entre as nações que fecharam as fronteiras

1 dez 2021 - 17h07
(atualizado às 17h48)
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A descoberta da variante Ômicron tem feito países adotarem novas ações na tentativa de controlar a pandemia. As restrições vão desde o fechamento de fronteiras para turistas vindos da região sul da África, onde a cepa foi inicialmente identificada, até o impedimento total da entrada de estrangeiros, decisão tomada por Israel, Japão e Marrocos. 

Em documento enviado aos governos nesta segunda-feira, 29, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o risco global da variante Ômicron é "muito alto". Segundo a entidade, as principais preocupações são a transmissibilidade, a capacidade de escape das vacinas existentes e o perfil de gravidade da nova cepa. Essas hipóteses, porém, ainda precisam ser testadas cientificamente.  

Movimentação no Aeroporto de Fiumicino, o mais movimentado da Itália
Movimentação no Aeroporto de Fiumicino, o mais movimentado da Itália
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A nova variante já foi detectada no Brasil (dois casos confirmados em São Paulo) e em todos os outros continentes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fechou as fronteiras aéreas para passageiros vindos de seis países: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

Na noite de sábado, a Anvisa publicou nota técnica complementar indicando a inclusão de quatro países na lista de restrição: Angola, Malaui, Moçambique e Zâmbia. No entanto, o Ministério da Casa Civil informou que, após reunião realizada com outros órgãos federais, ficou decidido que "há necessidade de mais esclarecimentos sobre a situação epidemiológica" antes da inclusão dos novos países na lista.

Veja as restrições para viajantes brasileiros em cada país:

Israel

Com um caso da Ômicron confirmado, Israel tornou-se no sábado, 27, o primeiro país a fechar completamente suas fronteiras, e disse que usaria tecnologia de rastreamento por telefone para conter a propagação da variante. O primeiro-ministro Naftali Bennett disse que a proibição tem duração prevista de 14 dias, afetando brasileiros e pessoas de outras nacionalidades.

Japão

O Japão também anunciou o fechamento de suas fronteiras para estrangeiros a partir da meia-noite para evitar a propagação da variante Ômicron. Os japoneses e residentes permanentes que retornarem de países cuja Ômicron já foi detectada terão de ficar de quarentena em instalações designadas pelo governo, disse o primeiro-ministro do país, Fumio Kishida.

Não foi informado um prazo para encerramento das restrições, que também valem para brasileiros. Nesta terça-feira, 30, o Japão confirmou o primeiro caso da variante no país.

Austrália

A Austrália anunciou na segunda-feira que atrasaria a reabertura de sua fronteira internacional, antes prevista para esta quarta-feira, 1º de dezembro, em mais duas semanas. Com isso, os brasileiros também terão de esperar pelo período definido ou até por novas definições, caso a situação piore até lá. A alteração ocorre após o país relatar seus primeiros casos da variante Ômicron. Ao menos duas pessoas já testaram positivo para a cepa no país.

Reino Unido

O Reino Unido proibiu a entrada de não residentes britânicos de dez países do sul da África, e os residentes britânicos e irlandeses que chegarem desses países devem ficar em quarentena em um hotel aprovado pelo governo por dez dias.

Para conter a transmissão, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou ainda o retorno, meses depois de ter sido suspenso, da exigência de máscara em ambientes públicos, como no transporte público e em lojas. Os brasileiros que estiverem no Reino Unido, portanto, deverão seguir as novas determinações.

Os viajantes que desejarem ir ao país serão obrigados a fazer um teste de PCR no segundo dia após a chegada e se isolar até obter um resultado negativo, disse Johnson em entrevista coletiva no sábado. "As medidas que estamos tomando hoje, incluindo em nossas fronteiras e máscaras faciais, são temporárias e preventivas e as revisaremos em três semanas", disse o primeiro-ministro.

 

Canadá

Para tentar impedir a disseminação da variante Ômicron, o Canadá anunciou o fechamento de suas fronteiras para viajantes estrangeiros que estiveram recentemente em sete países do sul da África: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia e Zimbábue.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) e o Departamento de Estado desaconselharam no sábado viagens para oito países da África Austral. A lista é a mesma do Canadá, com acréscimo de Malaui. As restrições não incluem residentes e cidadãos americanos.

No final de outubro, o governo dos Estados Unidos estabeleceu que viajantes que não sejam cidadãos ou imigrantes devem estar completamente imunizados contra covid-19 e apresentar o comprovante de vacinação antes de embarcar para o país.

União Europeia

A União Europeia anunciou na última semana restrições a viagens vindas de sete países da África Austral: Botsuana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia, África do Sul e Zimbábue.

Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, países como a África do Sul e a Botsuana deveriam ser agradecidas por terem detectado e relatado a nova cepa, não penalizadas. "A Ômicron demonstra exatamente por que o mundo precisa de um novo acordo sobre pandemias: nosso sistema atual desincentiva os países de alertar outros sobre ameaças que inevitavelmente pousarão em suas costas", explicou.

França

O governo da França anunciou nesta quarta-feira, 1º, que, a partir do próximo sábado, viajantes vindos de fora da União Europeia deverão apresentar um teste PCR com resultado negativo, realizado no máximo 48 horas antes da entrada no país, independentemente se vacinados contra a covid-19 ou não. Para as pessoas que cheguem de outras nações do bloco, mas não tiverem recebido a aplicação de imunizantes, o exame de detecção deverá ter sido feito até 24 horas da chegada.

Holanda

A Holanda endureceu as restrições para conter o coronavírus em resposta ao aumento no número de casos. Locais recreativos, como bares, museus, cinemas e cafés, devem fechar até as 17h pelas próximas três semanas.

Na última sexta, autoridades de saúde holandesas notificaram 61 casos de covid-19 entre um grupo de 600 passageiros vindos da África do Sul. Do total, 13 testes deram positivo para a variante Ômicron. A Holanda proibiu todas as viagens aéreas do sul da África, mas os dois voos da KLM já haviam decolado.

O governo da Holanda afirmou nesta terça que a variante Ômicron do coronavírus já estava presente no país em 19 de novembro — uma semana antes do que se acreditava até agora. Novos testes estão sendo realizados para descobrir o quão rapidamente a variante se propagou pelo país.

Suíça

A Suíça disse nesta segunda-feira, 29, que qualquer pessoa, vacinada ou não, que chegar de qualquer um dos países da lista crescente de nações onde a variante foi detectada deve ficar em quarentena por dez dias. Com a confirmação dos casos em São Paulo, a medida agora também afeta brasileiros.

Índia

A Índia tornará o teste covid-19 obrigatório para viajantes de mais de uma dúzia de países, incluindo África do Sul e Reino Unido, onde a variante Ômicron foi detectada. A decisão, implementada a partir desta quarta-feira, 1º, foi tomada após um homem que voltou da África do Sul teve um teste positivo para covid-19, embora ainda não esteja claro qual variante do vírus ele contraiu.

Polônia

A Polônia anunciou na segunda a proibição de voos para sete países africanos. O país estenderá o período de quarentena para alguns viajantes e reduzirá o número permitido de pessoas em lugares como restaurantes, em meio a preocupações com a nova variante Ômicron do coronavírus.

Marrocos

O Marrocos informou no domingo a proibição da entrada a todos os viajantes, até mesmo a cidadãos marroquinos, por um período de duas semanas. A restrição, que também abarca países que ainda não confirmaram casos da Ômicron, foi implementada a partir desta segunda-feira. /

Com agências internacionais. 

Estadão
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