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Coronavírus

OMS alerta para necessidade de monitorar covid-19 em animais e evitar multiplicação do vírus

Declaração também foi assinada pela FAO e OIE; organizações, porém, destacam que pandemia é impulsionada pela transmissão em humanos

7 mar 2022 - 19h22
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Embora a pandemia de covid-19 seja impulsionada pela transmissão entre humanos, o Sars-CoV-2 também pode infectar outras espécies animais. Temendo o surgimento de novas variantes de preocupação e a formação de reservatórios animais, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) publicaram nesta segunda-feira, 7, declaração conjunta alertando para a necessidade de monitoramento de casos da doença na vida selvagem.

As organizações destacam que além dos domésticos, os animais selvagens de vida livre, em cativeiro ou de criação podem ser infectados pelo vírus causador da covid. Até o momento, afirmam, visons de criação e hamsters de estimação demonstraram ser capazes de infectar humanos com o Sars-CoV-2. Um possível caso de transmissão entre cervos de cauda branca, comuns da América do Norte, e uma pessoa está sob revisão.

Mesmo apontando que a vida selvagem ainda não desempenha um papel significativo na disseminação do vírus, as instituições alertam para a possibilidade da criação de reservatórios animais. Ou seja, que o Sars-CoV-2 se estabeleça e multiplique no animal e, depois, atinja outros hospedeiros.

Por causa dessa preocupação, OMS, FAO e OIE enfatizaram a importância de monitorar populações de mamíferos selvagens e compartilhar dados de sequenciamento genômico em bancos de dados públicos. E, como medida de emergência, suspender a venda de mamíferos silvestres vivos em mercados de alimentos.

Além disso, destacaram que equipes de profissionais que trabalhem em contato com a vida selvagem implementem medidas que reduzam o risco de transmissão, como o bom uso de EPIs.

Também orientaram que caçadores não persigam animais que pareçam doentes. No entanto, afirmaram que as evidências atuais sugerem que os humanos não são infectados com o vírus ao comer carne.

Ainda, disseram que as pessoas não devem se aproximar ou alimentar animais selvagens. Bem como, devem descartar com segurança restos de alimentos, máscaras e quaisquer outros resíduos humanos para evitar atrair a vida selvagem aos centros urbanos.

Estadão
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