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Coronavírus

Pandemia: Bolsonaro espera "plena normalidade" em dezembro

Presidente se baseou no calendário do Ministério da Saúde, que prevê toda a população adulta vacinada com duas doses até o fim de novembro

24 ago 2021 - 11h12
(atualizado às 11h25)
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Presidente Jair Bolsonaro em Brasília
22/08/2021 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília 22/08/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O presidente Jair Bolsonaro se mostrou otimista sobre a superação da pandemia de covid-19 no Brasil. Diante do calendário de vacinação pelo Ministério da Saúde, que prevê toda a população adulta vacinada com duas doses até o fim de novembro, o chefe do Executivo afirmou nesta terça-feira, 24, esperar que, em dezembro, o País entre na fase de "plena normalidade".

Em entrevista à Rádio Farol, de Alagoas, Bolsonaro voltou a defender o uso facultativo de máscara na população, assim como é a vacinação. Segundo ele, o governo "está na iminência de sugerir que uso de máscara passe a ser opcional". Na segunda-feira, à Rádio Nova Regional, do Vale do Ribeira (SP), o chefe do Executivo afirmou que ia falar com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para desobrigar o uso da proteção, considerada por especialistas como fundamental para conter a covid-19 no Brasil.

Outra ferramenta de combate à pandemia, a vacina, também foi citada por Bolsonaro durante a entrevista. De acordo com o presidente, em 2022 o País poderá, inclusive, exportar imunizantes. O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, participou da conversa e disse que, no ano que vem, o Brasil já terá desenvolvido suas próprias vacinas e não mais precisará de doses importadas.

Dando continuidade à guerra travada com governadores desde o início da pandemia, o presidente destacou que as vacinas "foram uma realidade" por causa do governo federal e não dos Estados. "Nenhum governador comprou uma dose sequer, todas as doses foram compradas pelo governo federal", afirmou.

O governo de São Paulo, no entanto, anunciou, no início de julho, a compra direta do laboratório chinês Sinovac de 4 milhões de doses da CoronaVac destinadas apenas para a imunização da população do Estado de São Paulo.

No discurso de desafiar os governadores a zerar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o botijão de gás e gasolina, Bolsonaro declarou que espera que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), paute o Projeto de Lei (PL) que obriga os Estados a informar o valor do imposto incidente sobre os combustíveis.

Bolsonaro teceu elogios a Lira, seu aliado, e afirmou que o parlamentar tem feito um "trabalho excepcional" e "nos ajudado muito aqui em Brasília". O chefe do Executivo, então, espera que Lira coloque a medida em votação "nos próximos dias".

"A gente espera, obviamente, que a maioria dos parlamentares vote favorável a isso", reforça. O presidente voltou a esclarecer que a medida não visa diminuir receita do governos. "É para o governador ser obrigado a dizer quanto é o ICMS da gasolina, e não jogar a culpa em cima do governo federal", afirmou.

Auxílio Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que, a partir de novembro, o governo oferecer para a população o Auxílio Brasil, que vai substituir o Bolsa Família com o valor de no mínimo R$ 300. Segundo ele, a proposta do novo benefício pelo ministro da Cidadania, João Roma, "está bastante avançada" e "poucas alterações" serão necessárias.

"O que vale é quanto vai para cada família", destaca, em entrevista à Rádio Farol. O chefe do Executivo também justificou a descontinuidade do Auxílio Emergencial à população. Segundo ele, o oferecimento do benefício no valor de R$ 600 causava um endividamento de R$ 50 bilhões por mês para a União. "Não tínhamos dinheiro no cofre", justificou.

Estadão
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