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Coronavírus

Pazuello diz que decisão do STF sobre vacinação é natural

Com essa declaração, Pazuello contrariou a posição do presidente Jair Bolsonaro, que na quinta-feira mostrou irritação com a decisão do STF

18 dez 2020 - 17h51
(atualizado às 17h58)
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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ver com naturalidade a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que previu a imposição de restrições a pessoas que decidirem não tomar a vacina contra Covid-19 quando estiver disponível, e afirmou, em entrevista ao SBT, que o próprio ministério irá decidir restrições.

"É uma decisão que vejo com muita naturalidade, porque já estava previsto por lei. Só está sendo ratificada e define que o Ministério da Saúde que ainda vai dizer... Cabe a nós, em princípio, colocar quais são essas restrições", disse o ministro.

"Então é uma coisa natural, isso será avaliado. Claro que não é uma obrigação forçada, ninguém vai tirar você da sua casa para vacinar. Ficou claro essa posição", acrescentou.

Com essa declaração, Pazuello contrariou a posição do presidente Jair Bolsonaro, que na quinta-feira mostrou irritação com a decisão do STF.
Com essa declaração, Pazuello contrariou a posição do presidente Jair Bolsonaro, que na quinta-feira mostrou irritação com a decisão do STF.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

Com essa declaração, Pazuello contrariou a posição do presidente Jair Bolsonaro, que na quinta-feira mostrou irritação com a decisão do STF. Em sua live semanal nas redes sociais, Bolsonaro disse que o governo federal não iria impor restrições e que o STF não deveria "ter entrado nessa bola dividida."

Bolsonaro justificou sua resistência afirmando, ainda, que não haveria vacinas para todos e que então não poderia obrigar as pessoas a se vacinarem.

O ministro da Saúde também contrariou o presidente nesta questão. Segundo Pazuello, o governo terá vacinas para todos, seguindo um cronograma que dará atenção primeiro a grupos prioritários.

"Existe um cronograma. Dentro de um cronograma será disponibilizada para todos. Claro que existem grupos prioritários", afirmou.

"Chegando ao final de um cronograma, considerando aí as entregas dos laboratórios, as produções nacionais, os registros da Anvisa, a logística como um todo, ao final nós teremos disponibilizado a todas as pessoas do nosso país, de forma grátis, universal e igualitária."

Pazuello disse ainda que tomará a vacina contra Covid-19, de qualquer laboratório, quando chegar a sua vez. Bolsonaro, por sua vez, tem afirmado que não vai se vacinar.

"Sim (tomarei). A vacina é peça fundamental para o controle da contaminação, e é por isso que a gente trabalha nela o tempo todo", disse. Pazuello, como o presidente, também já teve a doença.

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