PF aponta que vacina tomada por empresários de BH era soro
Segundo o documento, "os resultados dos exames são compatíveis com a descrição contida no rótulo do produto"
A Polícia Federal apontou nesta quinta-feira (1º) que as vacinas tomadas por empresários do ramo de transporte de Belo Horizonte, em Minas Gerais, eram, na verdade, soro fisiológico.
A informação foi divulgada pela GloboNews, que teve acesso a um laudo da PF, que apreendeu parte do material na casa da cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas, apontada como a enfermeira que aplicou as doses do vacina falsa.
Segundo o documento, "os resultados dos exames são compatíveis com a descrição contida no rótulo do produto, ou seja, que o mesmo se trata de produto farmacêutico denominado soro fisiológico (solução cloreto de sódio)".
A investigação faz parte da Operação Camarote que apura um suposto esquema de vacinação clandestina, no qual os irmãos Robson Lessa e Rômulo Lessa, donos da Saritur, contrataram Freitas para aplicar a suposta vacina anti-Covid em um grupo com mais de 80 pessoas.
Os falsos imunizantes teriam sido fornecidos pela cuidadora de idosos, que foi detida na última terça-feira. Em sua casa, a polícia apreendeu embalagens lacradas com um produto descrito como cloreto de sódio, ou seja, soro.
As autoridades também analisam outras linhas de investigação como a importação da vacina de forma ilegal ou o seu desvio da campanha de vacinação feita pelo Ministério da Saúde.