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Coronavírus

Pfizer não dá prazo para chegada de doses pediátricas

Brasil espera imunizantes adaptados para iniciar vacinação de crianças no País e expandir a cobertura vacinal da população

17 dez 2021 - 14h04
(atualizado às 14h06)
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A farmacêutica Pfizer, cujas vacinas contra covid-19 são as únicas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em crianças e adolescentes, informou nesta sexta-feira, 17, não ser possível determinar neste momento a data de entrega de doses pediátricas ao País. Disse ainda estar fazendo "todos os esforços" para que os imunizantes cheguem "o mais rapidamente possível".

Agente de saúde usa solução salina para preparar doses da vacina "Comirnaty" da Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 em centro de vacinação em Madri, Espanha
24/11/2021
REUTERS/Sergio Perez
Agente de saúde usa solução salina para preparar doses da vacina "Comirnaty" da Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 em centro de vacinação em Madri, Espanha 24/11/2021 REUTERS/Sergio Perez
Foto: Reuters

Destinadas ao público de 5 a 11 anos, as vacinas pediátricas possuem o mesmo princípio ativo das que são aplicadas em adultos. Porém, há algumas diferenciações: o imunizante para crianças possui uma concentração diferente, um maior número de doses por frasco e um prazo de armazenamento maior na temperatura de geladeira entre 2-8°C. Além de ter um frasco na cor laranja para facilitar na distinção.

Por conta desses aspectos, o Brasil precisa esperar a chegada de doses adaptadas para iniciar a vacinação de crianças no País e, desse modo, expandir a cobertura vacinal da população. Mas ainda não há um prazo para isso.

Conforme a Pfizer, uma vez que a aprovação do uso da vacina em crianças foi recebida nesta quinta-feira, 16, "ainda não é possível determinar a data de entrega de doses pediátricas ao Brasil". "A companhia está fazendo todos os esforços para que doses cheguem ao País o mais rapidamente possível e atuando junto ao governo para definir as próximas etapas desse processo", informou a farmacêutica.

O terceiro contrato firmado pela fabricante com o governo brasileiro, que permitirá o fornecimento de 100 milhões de imunizantes anticovid no ano de 2022, até inclui a possibilidade de entrega de versões para diferentes faixas etárias. Só que a disponibilização depende do que for solicitado pelo Ministério da Saúde.

Segundo o ministro Marcelo Queiroga, até agora não há reserva de doses nem previsão de data para início da imunização do grupo. "É preciso ser feita uma análise", disse Queiroga.

A vacinação de crianças tem o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e de outros especialistas, mas o tema enfrenta a resistência do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores.

Com a indefinição do governo federal, sob autorização do governador João Doria (PSDB), a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo encaminhou nesta quinta um ofício à Pfizer comunicando o interesse do governo do Estado em adquirir as doses e agilizar o processo.

A gestão paulista enviou ainda um outro ofício, desta vez ao Ministério da Saúde, solicitando liberação e disponibilização imediata de doses para imunização de crianças.

Estadão
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