Prefeito no interior de SP morre após contrair covid-19
Benedito da Rocha Camargo Júnior é o quarto prefeito em exercício de mandato que morreu com coronavírus no interior
SOROCABA - O prefeito da cidade paulista de Pardinho, Benedito da Rocha Camargo Júnior, do PSDB, morreu nesta segunda-feira, 14, após ser infectado pelo coronavírus. Ele tinha 79 anos e, desde o último dia 7, estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Dito Rocha, como era conhecido, estava no sexto mandato como prefeito da cidade. Ele é o quarto prefeito em exercício de mandato que morreu com covid-19 desde o início da pandemia, no interior de São Paulo.
O prefeito apresentou sintomas do coronavírus há dez dias. Ele chegou a ser atendido em um hospital da região, mas com o agravamento do quadro, foi transferido para o Einstein. O paciente seguia entubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não se recuperou. Dito Rocha é a terceira vítima fatal da covid-19 na cidade, de 6,7 mil habitantes, que já teve 250 casos confirmados da doença. O sepultamento estava previsto para a manhã desta terça-feira (15), no Cemitério Municipal de Pardinho.
A prefeitura manifestou pesar pela morte do mandatário e decretou luto por três dias. O presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, lamentou a morte. "Seis vezes prefeito de Pardinho, Dito tinha 79 anos e uma história de amor e lutas pela cidade. Em nome do PSDB-SP, externo nossos sinceros sentimentos aos seus familiares, amigos e ao povo de Pardinho", afirmou, em nota. O vice-prefeito Célio Barros, do mesmo partido, assume o cargo nesta terça.
No domingo, 13, a covid causou a morte do prefeito de Santa Clara D'Oeste, Wair Jacinto Zapelão (PSDB). Ele tinha 56 anos e estava internado no Hospital de Base de São José do Rio Preto. No dia 16 de junho, a doença matou o prefeito de Santo Antônio de Aracanguá, Rodrigo Aparecido Santana Rodrigues (DEM) e, no dia 20 do mesmo mês, não resistiu ao coronavírus o prefeito de Borebi, Antônio Carlos Vaca (PSDB).
A doença também já causou a morte de nove vereadores no curso dos mandatos em São Paulo. A última vítima, o vereador Salvador Philomento Poli (Podemos), morreu na noite de sexta-feira, 11, aos 85 anos, após ser eleito para o 12.o mandato.