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Coronavírus

Prefeitura de SP suspende por 1 dia vacinação contra covid

Mais de trezentas unidades de saúde, 64% do total, interromperam a aplicação por falta de vacina nesta segunda-feira

21 jun 2021 - 19h52
(atualizado às 20h27)
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Campanha de vacinação contra o novo coronavírus
Campanha de vacinação contra o novo coronavírus
Foto: ANSA / Ansa

A Prefeitura de São Paulo decidiu suspender a vacinação contra a covid-19 nesta terça-feira, 22, após centenas de unidades de saúde ficarem desabastecidas nesta segunda-feira, 21. A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) informou que nesta terça os estoques serão repostos com o repasse de 188 mil doses previsto pelo governo do Estado. Na quarta-feira, 23, a cidade prevê retomar a vacinação para pessoas de 49 anos e para as segundas doses.

O esgotamento do estoque foi justificado em razão da "alta adesão" do público entre 50 e 59 anos, que segundo a Prefeitura foi 90% vacinado. "A rede municipal de saúde iniciou esta segunda-feira, 21, com cerca de 50 mil doses de vacinas contra a covid-19 em estoque. Às 13h, o estoque médio era de 22 mil doses, por isso, parte das unidades registrou falta temporária do imunizante", informou a Secretaria Municipal de Saúde.

Centenas de unidades de saúde da cidade de São Paulo registraram falta de vacinas contra a covid-19 nesta segunda-feira, 21. O desabastecimento, que já tinha sido notado em menor escala ao longo do fim de semana, interrompeu parcialmente a aplicação no dia voltado para a chamada repescagem, uma segunda oportunidade para pessoas de 50 a 59 anos que perderam a primeira chance na semana passada.

A Prefeitura de São Paulo conta com 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS) habilitadas para aplicar a vacina contra covid-19, além de três centros de saúde e 17 serviços de atenção especializada. O funcionamento da maioria dessas unidades ocorre entre 7h e 19h, mas por volta das 18h o site "De Olho na Fila", criado pela gestão municipal para facilitar a busca pelo imunizante, mostrava que a vacinação em 316 locais não estava funcionando. O número representa 64,7% do total dessas unidades.

A área da cidade mais afetada pelo problema foi a zona norte, onde 82,6% das 92 unidades de saúde paralisaram a aplicação. Na zona sul, a porcentagem ficou em 82,5%, com a paralisação em 132 de 160 locais de aplicação. Na zona leste (54%) e no centro (40%), o problema parece ter sido menos intenso. E na zona oeste, só duas de 30 unidades (6,6%) foram afetadas nesta segunda-feira.

"Com relação ao status 'não funcionando', da página 'De Olho na Fila', a SMS esclarece que não são unidades fechadas, mas, sim, providenciando o remanejamento/abastecimento de doses para garantir a vacinação nos territórios", informou a secretaria de Saúde.

O ritmo de vacinação foi acelerado após o mais recente anúncio do governo do Estado em relação ao cronograma de aplicação. A gestão do governador João Doria (PSDB) mudou pela terceira vez o calendário no domingo, 13, para prever que todos os adultos receberão a primeira dose até 15 de setembro. Com isso, desde a semana passada a Prefeitura passou a escalonar as idades para aplicar a vacina em pessoas abaixo dos 60 anos sem comorbidades.

No sábado, 19, duas unidades de saúde da zona norte da capital já tinham ficado sem doses. As unidades Carandiru e Vila Guilherme ficaram por algumas horas sem o imunizante. Na oportunidade, a Secretaria Municipal de Saúde informou que "devido a grande procura, ocorreram faltas pontuais e as unidades estão sendo reabastecidas".

Estadão
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