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Coronavírus

Presidente da Alesp confirma CPI para apurar Prevent Senior

Operadora de saúde é acusada de ter colocado em xeque a vida de pacientes que receberam o "kit covid" sem comprovação de eficácia

27 set 2021 - 22h12
(atualizado em 28/9/2021 às 07h14)
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O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputado Carlão Pignatari (PSDB-SP), confirmou na noite desta segunda-feira, 27, a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias envolvendo a operadora de saúde Prevent Senior.

Pedro Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior
Pedro Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

"Acabo de receber o pedido para criar a CPI que vai apurar as denúncias envolvendo a operadora de saúde Prevent Senior e determinei a sua publicação no Diário Oficial já nesta terça-feira. O requerimento vai tramitar na Alesp com a urgência que tema exige", disse o parlamentar em postagem nas redes sociais. "As informações da CPI da Covid, no Senado, são gravíssimas, e a Alesp vai se empenhar para confirmar a verdade e apurar com rigor, já que é aqui em São Paulo que está o maior nº de vítimas da pandemia, que receberam o tratamento da Prevent Senior colocado em xeque", acrescentou, na postagem.

O requerimento de instalação da CPI foi protocolado pelo deputado estadual Paulo Fiorilo (PT-SP), que conseguiu 36 assinaturas para protocolar o pedido na Casa, mais do que as 32 necessárias.

Em março do ano passado, a Prevent Senior anunciou que faria o estudo para testar a eficácia da hidroxicloroquina associada ao antibiótico azitromicina para o tratamento da covid-19, o que se revelou ineficaz. A pesquisa foi suspensa logo em seguida, em 20 de abril, pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). O órgão, porém, descobriu que os testes com pacientes haviam começado antes de a operadora receber o aval para a realização da pesquisa, o que é proibido no País.

Um grupo de 15 médicos que diz ter trabalhado na Prevent Senior encaminhou à CPI da Covid, no Senado, um dossiê no qual informam que integrantes do chamado "gabinete paralelo" do governo de Jair Bolsonaro usaram a operadora de saúde como uma espécie de laboratório para comprovar a tese de que o chamado kit covid (hidroxicloroquina e azitromicina) era eficiente contra a doença e revelaram que pacientes não foram informados do tratamento experimental.

Estadão
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