Procuradoria do DF e PF vão investigar contrato da Covaxin
O processo de negociação envolvendo a compra da Covaxin é alvo do Ministério Público e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid
As negociações para a aquisição da vacina indiana contra a Covid-19, a Covaxin, pelo governo Bolsonaro serão investigadas criminalmente pela Procuradoria da República no Distrito Federal e pela Polícia Federal (PF).
Nesta quarta-feira (30), a PF instaurou um inquérito para investigar o caso, que será conduzido pelo Sinq (Serviço de Inquéritos) da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado. A decisão acolhe um pedido do ministro da Justiça, Anderson Torres.
Além disso, a Procuradoria da República no Distrito Federal informou que abriu uma investigação criminal sobre as negociações sob a condução da procuradora Luciana Loureiro. Até o momento, a apuração tinha apenas caráter preliminar.
A decisão foi tomada pelo 11º Ofício de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa da Procuradoria.
O processo de negociação envolvendo a compra da Covaxin é alvo do Ministério Público e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid desde que o deputado federal Luis Miranda e seu irmão, Luis Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde levantaram as suspeitas de corrupção no negócio.
Os dois relataram uma pressão "atípica e excessiva" para a liberação da compra das doses do imunizante indiano, o mais caro negociado pelo governo federal até agora.
Logo depois, o Ministério da Saúde anunciou a suspensão do contrato firmado com a Precisa Medicamentos. A empresa é a única intermediária que não tem vínculo com a indústria de vacinas.