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Coronavírus

Putin promete 2ª vacina contra covid-19 em setembro

País causou polêmica ao aprovar a 1ª imunização no mundo contra o novo coronavírus

27 ago 2020 - 11h22
(atualizado às 11h35)
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (27) que seu país terá uma segunda vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) já disponível no mês de setembro.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin
18/03/2020
Alexander Nemenov/Pool via REUTERS
Presidente da Rússia, Vladimir Putin 18/03/2020 Alexander Nemenov/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

"Haverá outra vacina pronta em setembro. O medicamento está sendo desenvolvido pelo famoso Instituto Vektor de Novossibirsk [Sibéria]", disse o mandatário em entrevista à emissora "Rossiya 24".

Ao ser questionado se essa nova imunização competirá com a outra vacina desenvolvida no país, a Sputnik V, Putin afirmou que ambas "competirão entre si" e que tem certeza que essa "será tão eficaz quanto a primeira".

Assim como ocorreu com a Sputnik V, o presidente só informou que ela está na "fase final de desenvolvimento", sem dar mais nenhum tipo de detalhe.

A Rússia aprovou a primeira vacina anti-Covid no mundo em 11 de agosto, sem finalizar os testes clínicos ou publicar estudos em veículos científicos que comprovem a segurança e a eficácia do produto desenvolvido. Ela foi criada pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia com o apoio dos ministérios da Saúde e da Defesa.

No entanto, pouco se sabe sobre a Sputnik V além das informações divulgadas de maneira política e não técnica. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que não tem esse medicamento cadastrado em sua base e que será preciso fazer uma "avaliação rigorosa" sobre os efeitos dela nas pessoas.

Na entrevista à emissora, Putin confirmou que uma de suas filhas é voluntária dos testes da Sputnik V. "Nós superamos os testes pré-clínicos e clínicos em animais e voluntários. Hoje está claro para nossos especialistas que essa vacina fornece imunidade sustentável, os anticorpos emergem, exatamente como aconteceu com minha filha, e é inofensivo. Graças a Deus, minha filha está bem", disse.

Segundo explicou, ela se candidatou como voluntária porque "entra em contato com muitas pessoas" por conta de sua profissão e "é importante que ela se sinta segura para trabalhar normalmente". Putin explicou que ela teve reações leves à vacina, com febre na primeira fase de vacinação e no início da segunda fase, 21 dias após a primeira aplicação. "Acabei de conversar com ela e me disse que está bem. Que está tudo bem", acrescentou. .

Ansa - Brasil
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