Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Coronavírus

"Qual o problema?", diz Bolsonaro sobre furar teto de gastos

Segundo Bolsonaro, o governo já 'furou' o teto em cerca de R$ 700 bilhões durante a pandemia;

13 ago 2020 - 21h10
(atualizado às 21h31)
Compartilhar
Exibir comentários
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília
12/08/2020
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília 12/08/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro usou o orçamento de guerra - aprovad0 pelo Congresso para gastos específicos no enfrentamento à pandemia do coronavírus - para justificar a edição de créditos extraordinários destinados a investimentos em obras. "A ideia de furar teto (de gastos) existe, o pessoal debate, qual o problema?", perguntou Bolsonaro nesta quinta-feira, 13, durante transmissão semanal nas redes sociais, um dia após ter dito em coletiva que quer manter a responsabilidade fiscal.

Como mostrou o Estadão/ Broadcast, a estratégia de usar o orçamento de guerra no discurso do governo foi discutida no Ministério da Economia para defender a edição da Medida Provisória de R$ 5 bilhões em crédito extraordinário para obras do Ministério da Infraestrutura.

O governo já "furou" o teto de gastos em cerca de R$ 700 bilhões durante a pandemia, segundo Bolsonaro. Ele também relatou que foi questionado internamente sobre gastar outros R$ 20 bilhões para obras e ações no Nordeste.

"[Me perguntaram] 'Presidente, na pandemia, nós temos a PEC de Guerra, nós já furamos o teto em mais ou menos R$ 700 bilhões, dá para furar mais R$ 20 [bilhões]?'. Eu falei: 'Qual é a justificativa? Se for pra vírus, não tem problema nenhum'. 'Ah, mas entendemos que água, por exemplo, é para essa mesma finalidade'", contou o presidente.

"Então a gente pergunta. E daí? Já gastamos R$ 700 bilhões, vamos gastar mais R$ 20 bilhões ou não? Daí o Paulo Guedes fala: 'tá sinalizando para a economia, para o mercado, que está furando o teto, que está dando um jeitinho'. Aí outro lá na ponta, de outro Poder, já começa a falar: 'não vou aceitar jeitinho', em vez de ligar, telefonar, conversar, ver o que está acontecendo", continuou.

Segundo Bolsonaro, "a intenção de arranjar mais, em média, R$ 20 bilhões, é água no Nordeste, é saneamento, é [para] revitalização de rios, é Minha Casa, Minha Vida, é BR-163 lá no Pará".

O presidente também falou que cerca de 95% do orçamento é comprometido e que há uma briga no governo pela divisão dos recursos. Ele estima que no próximo ano "vamos ter problema", porque a previsão é de que a arrecadação vai cair.

"Agora esse mercado tem que dar um tempinho também, né? Um pouquinho de patriotismo não faz mal a eles, né? Não ficar aí aceitando essa pilha. Se bem que tem gente que vaza e tem negócio. A gente manda investigar muitas vezes aqui, acionar aí a CVM, para ver se esse vazamento publicado em tal local da imprensa foi um fake news, uma mentira, para mexer no mercado e alguém ganhar dinheiro."

Bolsonaro também criticou a eventual prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 a informais. "Custa R$ 50 bilhões por mês. E tem gente de demagogicamente acha que ele tem que ser prorrogado indefinidamente (...) É endividamento. Por quanto tempo se aguenta isso? Se eu pudesse dava R$ 10 mil por mês para tudo mundo e ficava todo mundo em casa", declarou.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade