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Coronavírus

Quase um terço das amostras de Covid-19 mostram mutação, mas sem agravar doença, diz OMS

3 jul 2020 - 18h39
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Quase 30% dos dados de sequenciamento genético de amostras do vírus da Covid-19 coletadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostraram sinais de mutação, mas não há evidências de que isso tenha causado doenças mais graves, disse uma alta funcionária da OMS na sexta-feira.

REUTERS/Dado Ruvic/Illustration
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration
Foto: Reuters

"Acho que isso é bastante disseminado", disse Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS, à Reuters, após entrevista realizado pela associação de jornalistas da ONU, em Genebra.

Até agora, a OMS coletou 60.000 amostras do vírus, disse.

Cientistas da Scripps Research afirmam este mês que, até abril, o vírus mutante representava cerca de 65% dos casos enviados de todo o mundo a um grande banco de dados.

A mutação genética do novo coronavírus, designada D614G, aumenta significativamente sua capacidade de infectar células e pode explicar por que os surtos no norte da Itália e em Nova York foram maiores do que os observados anteriormente em outros lugares, de acordo com os pesquisadores.

Maria Van Kerkhove, líder da área técnica da OMS para a pandemia de Covid-19, disse na entrevista desta sexta-feira que a cepa mutada foi identificada no início de fevereiro, e circulava na Europa e nas Américas.

"Até agora, não há evidências de que isso leve a doenças mais graves", disse.

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