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Coronavírus

Queda de cabelo: como recuperar os fios após Covid-19?

A queda de cabelo pode acontecer meses após a infecção por Covid-19. Veja dicas para recuperar os fios!

8 fev 2022 - 18h01
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A queda de cabelo pode levar de dois a três meses após o contágio para aparecer
A queda de cabelo pode levar de dois a três meses após o contágio para aparecer
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Após meses de queda por conta do avançado estágio de vacinação, as infecções pelo coronavírus voltaram a chamar atenção. E não só isso: muitos daqueles que passaram pela doença vem relatando sintomas tardios, como a queda de cabelo após Covid-19.

Naturalmente, um ser humano saudável já perde bastante cabelo por dia - cerca de 100 fios. No entanto, aqueles que tiveram Covid-19 em algum momento podem notar que essa queda de cabelo vai além do comum. A influenciadora digital Khloé Kardashian, por exemplo, relatou estar passando por esse tipo de situação no ano passado. 

De acordo com a dermatologista Ana Magella, esse é um problema comum por conta da infecção. "Além do estresse e da ansiedade causados pela Covid-19, a doença gera respostas inflamatórias dos vasos, incluindo os que nutrem o couro cabeludo. Assim, eventualmente, essa inflamação dos folículos (ou foliculite) leva à queda de cabelo". 

Apesar de ser um sintoma comum e pouco comentado, a especialista alerta que é necessário ficar de olho na quantidade de cabelo em locais estratégicos e também se há espaços sem cabelo na cabeça. "Caso o couro cabeludo comece a ficar visível e a queda intensa ao ponto de se perceber fios no travesseiro e no chão, passa a ser necessária a investigação e o tratamento, acompanhados de um profissional da área".

Como se recuperar da queda de cabelo?

Normalmente, aqueles que já passaram pela queda de cabelo depois da infecção pelo coronavírus não precisaram realizar nenhum tipo de procedimento para que os fios voltassem a crescer. Porém, dependendo do nível de queda, é necessário o uso de tratamentos específicos voltados para crescimento. 

Nestes casos, a recomendação é que esses pacientes procurem por dermatologistas especializados em tricologia, área que se dedica a estudar os cuidados com o cabelo e o couro cabeludo. 

O tratamento depende de cada caso, mas a maioria inclui o uso de polivitamínicos, medicamentos manipulados, terapias injetáveis ou a laser, microagulhamento e loções capilares. Também é recomendada uma alimentação saudável e rica em nutrientes, já que eles colaboram com o processo de crescimento.

O tipo de tratamento vai variar de acordo com a gravidade da queda dos fios  |
O tipo de tratamento vai variar de acordo com a gravidade da queda dos fios |
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Segundo o médico Eduardo Mauad, do Hospital Anchieta de Brasília, a queda costuma ser notada entre dois e três meses após a infecção pela doença, que aumenta o número de fios em fase de queda. Isso acontece porque o corpo passa pelo fenômeno batizado como estresse orgânico, que ocorre quando o funcionamento do organismo passa por alguma alteração significativa. A recuperação, por sua vez, começa entre o terceiro e o sexto mês após o surgimento do problema.

Fase dos fios:

Você sabia que o nosso cabelo possui um ciclo de vida para o crescimento dos fios? 

Pois é! Esse ciclo se divide em três etapas. A primeira é a anágena, de crescimento. Em seguida, os fios estão maduros e presos aos folículos, fase chamada catágena. No fim, na fase telógena, os fios estão destacados dos folículos, em processo de queda. 

Por isso, a recomendação é que, caso você note que seu cabelo vem enfrentando uma queda além do normal, o ideal é procurar por ajuda especializada

"Na busca de possíveis causas, sempre iniciamos com uma boa dermatoscopia do couro cabeludo. Especificamente para investigar a queda de cabelo, existe o Tricograma, o qual consiste em um método de análise microscópica dos fios", acrescenta a dermatologista Ana Magella.

Além das análises localizadas, um check-up completo do paciente também é importante. Com exames de sangue, por exemplo, é possível investigar uma possível anemia, além de deficiências de funções hormonais e vitaminas. 

Por fim, análises relacionadas a eventuais doenças e até biópsias podem ajudar no diagnóstico. "Se não houver outra causa e a queda for devido à COVID-19, o tratamento é conservador. Porém, se houver deficiência de vitaminas e minerais, deve ser realizada a reposição para que se obtenha uma melhora", conclui o médico Eduardo Mauad.

Fontes: Ana Magella, dermatologista da Clínica Corporeum, de Brasília, e Eduardo Mauad, médico do Hospital Anchieta.

Alto Astral
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