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Coronavírus

Queiroga: governo pode deixar médicos trabalharem com covid

Ministério estuda quarentena de cinco dias para profissionais de saúde que estejam assintomáticos; governo também promete aumentar a oferta de testes

7 jan 2022 - 10h20
(atualizado às 10h29)
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
Foto: Wilson Dias/Agencia Brasil / Estadão

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo vai se reunir nesta sexta-feira, 7, com secretários de saúde para discutir, entre outros temas, a possibilidade de redução da quarentena para profissionais de saúde que testam positivo para covid-19, o que possibilitaria o trabalho deles mesmo contaminados. Queiroga afirmou que o Brasil "possivelmente" pode adotar a conduta, estabelecendo uma quarentena de cinco dias para profissionais de saúde que estejam assintomáticos. Atualmente, a recomendação da pasta para quem foi contaminado, com ou sem sintomas, é ficar em isolamento por duas semanas.

"Naturalmente que está em estudo na área técnica", afirmou o ministro, em entrevista em frente a sede do ministério, em Brasília. Segundo Queiroga, tanto o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) quanto países como a França já adotam o prazo menor de quarentena para quem está assintomático. A medida foi adotada num primeiro momento para evitar que a licença de médicos ou outros profissionais da saúde comprometesse o trabalho em hospitais no momento em que há alta demanda provocada pela nova variante da covid, a Ômicron.

Com relação à nova variante, Queiroga disse que "as sinalizações apontam para casos de menor gravidade", pelo que pode ser observado em outros países, mas que apenas em três ou quatro semanas poderá ser avaliado o potencial de letalidade da variante. O Brasil registrou nesta quinta a primeira morte de um paciente contaminado pela Ômicron, em Aparecida de Goiânia (GO).

O ministro também reforçou a necessidade de se ampliar as ações com relação à influenza (gripe), diante do aumento no número de casos da doença no País, além expandir a testagem, principalmente na região Norte, que tem cobertura vacinal mais baixa e o sistema de saúde "cronicamente mais frágil". Segundo Queiroga, a pasta deverá aumentar a oferta de testes.

Um grupo de mais de 2 mil prefeitos encaminhou ofício ao Ministério da Saúde com pedido de ajuda para enfrentar a alta de casos de covid-19 e gripe. No documento, os municípios solicitam apoio em três frentes: ampliação da testagem rápida para covid, da estrutura ambulatorial de atendimento e do estoque de medicamentos antigripais.

Em resposta, nesta sexta-feira, o secretário executivo do ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, informou que haverá reforço na testagem e frisou a importância de priorizar a atenção primária. O Ministério da Saúde vai distribuir aos municípios na próxima semana mais 6 milhões de testes do tipo antígeno de um total de 30 milhões até o fim de janeiro

Ministro defende cancelar carnaval, mas critica passaporte da vacina

Sobre o cancelamento do carnaval em vários Estados, Queiroga declarou que o ministério nunca estimulou "grandes eventos". O ministro também voltou a criticar o passaporte vacinal. Segundo Queiroga, antes da Ômicron, várias regiões planejavam "grandes festas" de réveillon e carnaval, usando como argumento a adoção do passaporte vacinal. "Passaporte sanitário não é salvo-conduto para fazer essas grandes aglomerações festivas", afirmou.

De acordo com o ministro, o interesse da pasta, em vez de realizar grandes festividades, é de que a economia "não pare", por isso, para o governo, "fica muito fácil" defender sua posição contra este tipo de evento "porque sempre foi a posição do governo".

Estadão
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