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Coronavírus

Reino Unido passa de 47 mil mortes e pressiona premiê

Boris Johnson é alvo de críticas pela maneira como lida com a pandemia do coronavírus

26 mai 2020 - 10h47
(atualizado às 11h14)
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O número de mortos pela covid-19 no Reino Unido passou de 47 mil nesta terça-feira, um custo humano pesado que pode definir o mandato do primeiro-ministro, Boris Johnson.

Premiê britânico, Boris Johnson, em Londres
21/05/2020 Andrew Parsons/10 Downing Street/Divulgação via REUTERS
Premiê britânico, Boris Johnson, em Londres 21/05/2020 Andrew Parsons/10 Downing Street/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

O Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS) disse que 42.173 pessoas com suspeita da covid-19 morreram na Inglaterra e no País de Gales até 15 de maio, elevando o total britânico a 47.343 - o que inclui dados anteriores da Escócia e da Irlanda do Norte e mortes recentes em hospitais ingleses.

Um número de mortes de quase 50 mil sublinha o fato de o Reino Unido ser uma das nações mais afetadas por uma pandemia que já matou ao menos 345 mil pessoas em todo o mundo.

Johnson, alvo de críticas pela maneira como lida com a pandemia, teve que defender seu principal assessor, Dominic Cummings, que viajou 400 quilômetros para fora de Londres para ter acesso a cuidados pediátricos apesar de os britânicos terem sido obrigados a ficar em casa para combater a doença.

Um dos ministros de Johnson, Douglas Ross, renunciou nesta terça-feira em protesto. O premiê ficou ao lado de Cummings, dizendo que ele seguiu os "instintos de qualquer pai".

O governo diz que, embora possa ter cometido alguns erros, está às voltas com a maior crise de saúde pública desde o surto de gripe de 1918 e que não permitiu que o sistema de saúde ficasse sobrecarregado.

Ao contrário do número diário de mortes publicado pelo governo, as cifras desta terça-feira incluem casos suspeitos e confirmados da covid-19, a doença respiratória provocada pelo novo coronavírus. Mas mesmo estas cifras subestimam o número verdadeiro de óbitos.

Em março, o principal conselheiro científico britânico disse que manter as mortes abaixo de 20 mil seria um "bom resultado". Em abril, a Reuters notificou que o governo previa 50 mil fatalidades na pior das hipóteses.

Especialistas em doenças estão acompanhando o número total de mortes que supere a quantia normal para um dado período do ano, uma abordagem que permite uma comparação internacional.

Os primeiros sinais levam a crer que o Reino Unido também está se saindo mal neste quesito.

Agora o excedente de mortes está se aproximando de 60 mil em todo o território britânico, disse o estatístico Nick Stripe, do ONS, citando os dados mais recentes - um número equivalente ao das populações de cidades históricas como Canterbury e Hereford.

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