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Coronavírus

Remédios para pacientes covid ficaram até 400% mais caros

Estudo da Prefeitura de Porto Alegre incluiu 22 fármacos e comparou valores de março de 2020 e do mesmo mês deste ano

20 mar 2021 - 10h10
(atualizado às 10h33)
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Levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre aponta aumento entre 200% e 400% nos preços dos medicamentos e insumos usados no tratamento de covid-19, que agora estão em falta em várias regiões do País. A análise incluiu 22 fármacos, relacionando preços de ata do Ministério da Saúde e comparando aos valores médios praticados em março de 2020 e o mesmo mês deste ano.

Paciente é trataro em UTI de hospital em Porto Alegre
19/11/2020
REUTERS/Diego Vara
Paciente é trataro em UTI de hospital em Porto Alegre 19/11/2020 REUTERS/Diego Vara
Foto: Reuters

O cisatracúrio, um bloqueador neuromuscular, teve aumento médio de 434%. De R$ 15,73 no ano passado, passou a custar R$ 84,03. Já o rocurônio, relaxante muscular, subiu 362%, de R$ 19,26 para R$ 89,13.

Com requisição de medicamentos feita pelo Ministério da Saúde, a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) disse nesta sexta-feira, 19, que parte dos remédios de intubação têm estoque somente para 48 horas. O Fórum dos Governadores, em ofício ao presidente Jair Bolsonaro, alertou sobre falta de medicamentos em 18 Estados e apontou risco de colapso.

O prefeito Sebastião Melo (MDB) encaminhou nesta sexta-feira, 19, ofício ao procurador geral de Justiça Fabiano Dallaz pedindo investigação no sobre preço dos fármacos. "O que está acontecendo é criminoso. Tenho certeza que o Ministério Público adotará todas as providências contundentes necessárias para coibir esse absurdo praticado por laboratórios e distribuidores, o que é um desrespeito com a vida neste momento tão desafiador da pandemia", declarou.

Para o médico sanitarista Gonzalo Vecina, falta uma liderança federal para resolver o problema. "Estamos em uma situação tendente ao desespero do ponto de vista desse fornecimento. Sem uma autoridade acima, não vamos conseguir organizar o consumo", diz ele, que foi secretário municipal de Saúde de São Paulo e presidente da Anvisa. "Pode haver aumento da produção, mas não muito grande. Organizando o consumo, talvez a gente conseguisse tentar importar medicamentos que estão em falta no mundo inteiro. Acho que há a possibilidade de achar fornecedores internacionais sem registro no Brasil."

O governo federal já teve de requisitar estoques do kit intubação entre junho e setembro do ano passado, quando houve falta destes medicamentos em diversos locais. Sem o produto, equipes médicas têm dificuldade de intubar um paciente, por exemplo. Após este período, os medicamentos voltaram a ser comprados pelos prestadores de serviço do SUS.

Estadão
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