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Coronavírus

Responsável por estratégia contra a covid-19 deixa a Saúde

Wanderson de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde deixará cargo nesta segunda; ele já havia pedido demissão na gestão de Mandetta

24 mai 2020 - 10h49
(atualizado às 11h10)
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O enfermeiro epidemiologista Wanderson de Oliveira deixará o cargo de secretário nacional de Vigilância em Saúde nesta segunda-feira, 25. A saída foi confirmada em um e-mail enviado a servidores do Ministério da Saúde, no qual diz que continuará "ajudando ao ministro (interino Eduardo) Pazuello nas ações de resposta à pandemia". "Somos da mesma instituição, Ministério da Defesa, e conosco é missão dada, missão cumprida."
Secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira
08/04/2020
REUTERS/Adriano Machado
Secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira 08/04/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Oliveira havia pedido demissão do cargo em 15 de abril, mas permaneceu na função a pedido de Luiz Henrique Mandetta. Segundo diz no e-mail, ele decidiu permanecer no cargo "por mais algumas semanas" a pedido do ex-ministro da Saúde. "Ainda na gestão do (então) ministro (Nelson) Teich, acordamos que após minhas férias, no dia 20/05, iríamos definir a data de saída."

A nova data de saída foi acordada na quarta-feira, 20, com o ministro interino Pazuello. Em abril, disse a colegas que indicou a seu cargo, interinamente, Gerson Pereira, atual diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, mas ainda não há substituto oficialmente designado para o cargo. "Estarei sempre a disposição do SUS", despediu-se no e-mail a servidores.

Oliveira era presença constante nas entrevistas diárias em que o ministério apresenta o balanços sobre os casos do novo coronavírus no País. É apontado como um dos principais mentores da estratégia de combate à covid-19 no governo federal.

A primeira passagem de Oliveira pelo Ministério da Saúde ocorreu ainda em 2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Doutor em epidemiologia, ele é servidor do Hospital das Forças Armadas e têm experiência internacional em investigação de surtos, como da covid-19 e do zika vírus.

Estadão
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