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Coronavírus

Restaurantes tradicionais fecham as portas pela pandemia

Delivery não foi suficiente para garantir sobrevivência até o fim da pandemia de pontos icônicos em Brasília, no Rio e em São Paulo

7 jun 2020 - 05h11
(atualizado às 10h12)
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Fechada do restaurante La Frontera, no bairro da Consolação, em São Paulo
Fechada do restaurante La Frontera, no bairro da Consolação, em São Paulo
Foto: Edison Temoteo / Futura Press

Criatividade e delivery não foram suficientes para garantir sobrevivência até o fim da pandemia e vários estabelecimentos icônicos já fecharam as portas, entre os quais o Itamarati, em funcionamento desde os anos 40 no centro de São Paulo, o Piantella, há 45 anos em Brasília, e o Fellini, criado em 1993 no Rio de Janeiro.

A lista é longa e inclui, em São Paulo, restaurantes tradicionais como Pasv, que atendia desde 1970 na Av. São João, La Frontera, no bairro da Consolação, e Cateto, em Pinheiros.

"É uma situação desesperadora pois não temos apoio de ninguém; o crédito não chega, o governo do Estado não suspende a cobrança de impostos e nem parcela as dívidas e a Enel (concessionária de energia elétrica) emite contas com base nos três últimos meses de consumo, mas se estamos fechados não estamos consumindo nada", diz Carlos Augusto Pinto Dias, do Sindicato de Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo.

No ramo há 30 anos, Dias afirma que "nunca tinha visto uma situação tão ruim assim". Ele acrescenta que, para piorar, as empresas de aplicativos mais que dobraram as taxas para entrega. "Se continuar assim, metade dos estabelecimentos não vão durar mais um mês."

O Itamarati, que fica ao lado da Faculdade de Direito da USP, era tradicional ponto de encontro de juízes, promotores, advogados e estudantes e já enfrentava dificuldades por estar em uma região considerada em decadência e insegura. Ao ter de fechar as portas na quarentena, os proprietários tentaram negociar o aluguel mensal de R$ 20 mil com a Santa Casa de Misericórdia, dona do imóvel, mas, sem acordo, decidiram encerrar atividades.

Um grupo ligado à Faculdade de Direito organiza movimento para manter o local aberto, tentando negociar a redução do aluguel, mas ainda não teve sucesso. Várias ações foram lançadas nos últimos meses na tentativa de ajudar o setor. Duas delas, com propostas de antecipar o pagamento de consumo futuro foram encerrados em maio.

O "Brinde do Bem", com patrocínio da Heineken, arrecadou R$ 16,5 milhões entre 75 mil contribuições direcionadas a uma lista de 6,3 mil bares. O "Ajude um Boteco", organizado pela Ambev, teve 10 mil bares inscritos e vendas de 42 mil vouchers, num total de R$ 4,1 milhões arrecadados.

Estadão
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