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Coronavírus

Rússia aprova regulamentação da 1ª vacina contra covid-19

De acordo com o presidente Vladimir Putin, imunizante é seguro e já foi administrado em uma de suas filhas

11 ago 2020 - 06h43
(atualizado às 07h21)
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O presidente Vladimir Putin disse, nesta terça-feira, 11, que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a aprovar a regulamentação para uma vacina contra a covid-19, após menos de dois meses de testes em humanos. A aprovação abre caminho para a imunização em massa da população russa, ainda que o estágio final de ensaios clínicos para testar a segurança e eficácia continue.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin afirmou que vacina já foi aplicada nas filhas Sputnik/Alexei Druzhinin/Kremlin via REUTERS
Presidente da Rússia, Vladimir Putin afirmou que vacina já foi aplicada nas filhas Sputnik/Alexei Druzhinin/Kremlin via REUTERS
Foto: Reuters

A velocidade com que a Rússia está se movimentando para lançar sua vacina destaca a determinação em vencer a corrida global por um produto eficaz, mas despertou preocupações de que pode estar colocando o prestígio nacional acima da ciência e da segurança sólidas. Moscou, no entanto, afirmou que a aprovação é sinônimo da sua "proeza científica".

Em uma reunião governamental na televisão estatal, Putin afirmou que a vacina, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, é segura e que até mesmo foi administrada a uma de suas filhas. "Sei que funciona de maneira bastante eficaz, forma uma forte imunidade e, repito, passou em todos os testes necessários", disse Putin. Ele disse que espera que o país comece a produzir em massa a vacina em breve. O ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, já havia anunciado que a imunização deve começar em outubro.

A partir da aprovação pelo Ministério da Saúde do país, inicia-se um estudo maior envolvendo milhares de participantes, comumente conhecido como estudo de Fase 3. Esses ensaios, que exigem uma certa taxa de participantes que contraem o vírus para observar o efeito da vacina, são normalmente considerados precursores essenciais para que um imunizante receba aprovação regulatória.

Especialistas em todo o mundo têm insistido que a corrida para desenvolver vacinas contra o novo coronavírus não comprometerá a segurança. Entretanto, pesquisas recentes mostram uma crescente desconfiança do público nos esforços dos governos para produzir rapidamente o imunizante.

Os profissionais de saúde russos que tratam pacientes com covid-19 terão a chance de se voluntariar para serem os primeiros vacinados, juntamento com professores, logo após a aprovação do imunizante, disse uma fonte à Reuters no mês passado.

Mais de 100 vacinas possíveis estão sendo desenvolvidas em todo o mundo para tentar frear a pandemia de covid-19. Pelo menos quatro estão em testes finais de Fase 3 em humanos, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde.

Estadão
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