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Coronavírus

Rússia diz que médicos serão vacinados em duas semanas

País rejeitou as preocupações "sem fundamento" em relação à segurança do imunizante levantadas por alguns especialistas

12 ago 2020 - 07h51
(atualizado às 08h11)
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A Rússia anunciou nesta quarta-feira que o primeiro lote de sua vacina contra a covid-19 estará pronto para ser aplicado em alguns médicos em duas semanas e rejeitou as preocupações "sem fundamento" em relação à segurança do imunizante levantadas por alguns especialistas, devido à rápida aprovação da vacina por Moscou.

Ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, em Moscou
03/04/2020 REUTERS/Maxim Shemetov
Ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, em Moscou 03/04/2020 REUTERS/Maxim Shemetov
Foto: Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, disse na terça-feira que a Rússia havia se tornado o primeiro país a dar aprovação regulatória para uma vacina contra a covid-19, depois de menos de dois meses de testes em humanos.

A vacina ainda não concluiu os testes em estágio avançado. Somente cerca de 10% dos ensaios clínicos foram bem-sucedidos e alguns cientistas temem que Moscou esteja colocando o prestígio nacional à frente da segurança.

"Parece que nossos colegas estrangeiros estão vendo as vantagens competitivas específicas do medicamento russo e estão tentando expressar opiniões que, em nossa visão, são completamente sem fundamento", declarou o ministro da Saúde, Mikhail Murashko, nesta quarta.

Ele afirmou que a vacina, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou, será aplicada na população, incluindo em médicos, de forma voluntária, e estará pronta em breve.

"Os primeiros pacotes da vacina médica contra a infecção pelo coronavírus serão recebidos dentro das próximas duas semanas, primeiramente para médicos", explicou.

Alexander Gintsburg, diretor do Instituto Gamaleya, informou que os ensaios clínicos serão publicados assim que foram analisados pelos especialistas da própria Rússia. Ele disse que a Rússia planeja ter capacidade para produzir 5 milhões de doses por mês entre dezembro e janeiro.

O Cazaquistão planeja enviar autoridades governamentais a Moscou ainda neste mês para discutir possíveis entregas da vacina, anunicou o gabinete presidencial do país.

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