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Coronavírus

Sapatilhas de crochê que esquentam pés e corações

Ação de duas amigas acalenta pacientes de hospital no Rio

8 jun 2020 - 09h54
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A professora Tânia Frossard e a enfermeira Regiane Bronus são dois exemplos de quem vai além de se inquietar ao ver o sofrimento dos outros. Deixam as lamentações de lado e partem para ações concretas. Movidas pela vontade de atenuar a dor de pacientes muitas vezes isolados em setores específicos de hospitais, notadamente neste período de pandemia da covid-19, as duas amigas criaram o projeto ‘Esquenta pé – Esquenta coração’, que consiste na confecção e distribuição de sapatilhas de crochês aos enfermos.

Funciona assim: Tânia produz e entrega as peças para Regiane. Por sua vez, a enfermeira do CER (Coordenação de Emergência Regional) do Leblon, na zona sul do Rio, faz uma triagem dos que estão internados na unidade e oferece a sapatilha para quem se encontra em situação vulnerável – em geral idosos, mais predispostos a sentir frio, ou pessoas de outras faixas etárias, acamadas sem meia.

Regiane (à frente) exibe as sapatilhas ao lado de colegas do CER Leblon
Regiane (à frente) exibe as sapatilhas ao lado de colegas do CER Leblon
Foto: Divulgação

As sapatilhas são temáticas, simbolizando pequenos animais ou super-heróis, e divertem quem é agraciado com o presente. Mais do que isso, acalenta os que reclamam da baixa temperatura nas instalações do hospital – medida necessária para diminuir o risco de infecções.

“Eles veem os desenhos e sorriem. Tem gente que pega e abraça a sapatilha e manda fotos e recados. Não é só o conforto físico, é um alento emocional também. Um idoso, ao receber uma dessas peças com a figura de um bichinho, tem uma reação espontânea de alegria”, diz Tâ

nia, já com novas encomendas, depois de enviar 50 sapatilhas de diversos tamanhos e modelos para Regiane, no final de abril.

A professora já fazia essa ação antes da pandemia, como a que foi realizada no Hospital Antônio Pedro, em Niterói, no ano passado, e contava várias vezes com a colaboração de uma amiga, Sueli Bonfim. Mas, com a chegada do coronavírus ao Rio, o projeto ganhou nome e repercussão.

“É muito bom fazer tão pouco e ouvir dos pacientes palavras tão carinhosas de gratidão. Uns dizem assim: ‘Caramba, não acredito que vocês se importaram com isso’. No CER Leblon, obtive autorização dos meus superiores para doar as sapatilhas, sempre higienizadas com todo o cuidado. Assim, a gente aquece os pés e o coração de quem está ali lutando pela vida e acaba se emocionando também”, conta Regiane.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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