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Coronavírus

Sem novo ministro, Saúde deve manter plano traçado por Teich

A interlocutores, o interino Pazuello tem dito que não tem nenhum interesse em ser efetivado na função de ministro

18 mai 2020 - 12h24
(atualizado às 12h49)
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BRASÍLIA - Enquanto o presidente Jair Bolsonaro não define um novo chefe para o Ministério da Saúde, a palavra de ordem na pasta é manter o planejamento que havia sido definido pelo ex-ministro Nelson Teich sem promover "mudanças bruscas" nas diretrizes delineadas pela equipe.

Técnicos do ministério apontam que caberá ao ministro interino, general Eduardo Pazuello, anunciar planos e estratégias nesta semana, mas preveem que tudo deverá seguir o que já estava em desenvolvimento internamente.

Imagen de archivo del nuevo ministro de Salud de Brasil, Nelson Teich, durante una conferencia de prensa junto al presidente Jair Bolsonaro en medio de la pandemia del COVID-19, la enfermedad causada por el coronavirus, en Brasilia, Brasil. 16 de abril, 2020. REUTERS/Adriano Machado/Archivo
Imagen de archivo del nuevo ministro de Salud de Brasil, Nelson Teich, durante una conferencia de prensa junto al presidente Jair Bolsonaro en medio de la pandemia del COVID-19, la enfermedad causada por el coronavirus, en Brasilia, Brasil. 16 de abril, 2020. REUTERS/Adriano Machado/Archivo
Foto: Reuters

Até mesmo o protocolo para tratamento de pacientes com sintomas leves do novo coronavírus, no qual também haverá especificações sobre a cloroquina, não deverá ser submetido a mudanças.

Escalado por Bolsonaro para a função de número 2 de Nelson Teich, o general do Exército, da ativa, Pazuello tem dito a interlocutores que não tem nenhum interesse em ser efetivado na função de ministro. O presidente ainda não sinalizou quem assumirá a pasta.

A ampliação do uso da substância esteve no centro da divergência entre Bolsonaro e Teich que resultou na segunda baixa em menos de um mês no ministério. Não há estudos científicos que atestem a eficácia da droga, que pode causar efeitos colaterais graves.

A cloroquina já é disponibilizada pelo governo para pacientes em ambiente hospitalar e com sintomas moderados ou graves da covid-19. Estudos para ampliação do protocolo estavam em andamento na pasta.

O Conselho Federal de Medicina já liberou a prescrição da cloroquina para pacientes acometidos pelo novo coronavírus, mas com a ressalva de que "não seguiu a ciência" ao tomar a decisão.

No entanto, não há um protocolo de distribuição do remédio para que pacientes possam ter acesso à droga no sistema público. Segundo técnicos, a diretriz não representará nenhuma imposição ou mudança brusca em orientações sobre como tratar os pacientes.

Na última sexta-feira, o Ministério da Saúde informou que está finalizando as "novas orientações" de assistência a pacientes com o novo coronavírus.

"O documento abrangerá o atendimento aos casos leves, sendo descritas as propostas de disponibilidade de medicamentos, equipamentos e estruturas, e profissionais capacitados", pontuou.

Estadão
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