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Coronavírus

Sem Pazuello, militares devem perder cargos na Saúde

Para o cargo de secretário-executivo, o número 2 da pasta, deve ser nomeado o engenheiro Rodrigo Otávio da Cruz

24 mar 2021 - 13h08
(atualizado às 13h15)
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deve retirar dois militares, aliados do general Eduardo Pazuello, de secretarias estratégicas da pasta. Para o cargo de secretário-executivo, o número 2 da pasta, deve ser nomeado o engenheiro Rodrigo Otávio da Cruz. O posto hoje é ocupado pelo coronel da reserva Élcio Franco.

Cardiologista Marcelo Queiroga é o substituto de Eduardo Pazuello
Cardiologista Marcelo Queiroga é o substituto de Eduardo Pazuello
Foto: EPA / Ansa

Já o médico Sérgio Yoshimasa deve assumir a Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES), comandada atualmente pelo coronel Franco Duarte. O setor lida com o envio de recursos e insumos a hospitais em todo o País.

As escolhas são tentativas de aumentar os quadros técnicos e melhorar a gestão do ministério, principalmente relacionada à logística de distribuição de vacinas e gestão de hospitais, segundo fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast.

O nome de Cruz foi indicado a Queiroga pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Aos 39 anos, ele é atualmente secretário executivo adjunto da pasta de Freitas e foi responsável por operações como o transporte de máscaras da China e o transporte de medicamentos.

Cruz é servidor público da carreira de Analista de Infraestrutura e é mestre e doutor em Engenharia de Transportes pela Universidade de Brasília (UnB). É graduado em Engenheira Civil e Ambiental pela UnB e em Direito pelo Centro Universitário de Brasília.

Yoshimasa, por sua vez, atua no Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da USP.

Já na gestão do médico Nelson Teich, de abril a maio de 2020, cargos estratégicos do Ministério da Saúde passaram a ser ocupados por militares.

Continuidade

Queiroga assume o cargo no momento mais agudo da pandemia, com recordes diários de mortes e críticas pelo ritmo lento na vacinação no País. Após ser anunciado, na semana passada, o novo ministro afirmou que dará continuidade ao trabalho até agora executado na pasta. "A política é do governo Bolsonaro, não do ministro da Saúde. O ministro executa a política do governo", disse Queiroga, no último dia 16.

Apesar de já ter manifestado rejeição a bandeiras do governo Bolsonaro, como o uso da cloroquina, medicamento ineficaz para covid-19, Queiroga não deve realizar mudanças bruscas na pasta.

Estadão
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