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Coronavírus

SP: Análise indica anticorpos em 12% dos doadores de sangue

Dados sugerem que essa pode ser a distribuição de infecções também entre a população da cidade de São Paulo

24 jun 2020 - 05h11
(atualizado às 07h31)
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Uma análise de amostras de sangue doado na Fundação Pró-Sangue, do Hospital das Clínicas de São Paulo, encontrou uma prevalência de anticorpos para o coronavírus Sars-CoV-2 em 12% dos doadores do mês de junho.

Dados de doação de sangue mostram a presença de anticorpos do novo coronavírus
Dados de doação de sangue mostram a presença de anticorpos do novo coronavírus
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

Os dados, encaminhados nesta segunda-feira pela fundação à Secretaria de Estado da Saúde, sugerem que essa pode ser a distribuição de infecções também entre a população da cidade de São Paulo e corroboram levantamento feito pela Prefeitura divulgado nesta terça.

A testagem foi feita em 2.581 amostras de sangue doados sempre na segunda semana dos meses de abril, maio e junho (900, 824 e 857 amostras, respectivamente). Em abril, apenas 27 amostras deram positivo (2,6%). Em maio foram 44 (5%) e em junho houve um salto para 105 resultados positivos (12%).

Uma análise de de georreferenciamento do local de reside^ncia dos doadores baseado, a partir do CEP informado no registro, permitiu que fosse possível atingir uma boa representatividade das amostras em em relação à distruibuição populacional por subprefeituras do município.

Ester, que esteve à frente dos primeiros mapeamentos dos genomas do coronavírus no Brasil, foi responsável pelas análises sorológicas. O plano dos pesquisadores é continuar o monitoramento de 800 a mil amostras por mês ao longo do ano.

Pesquisa mostra aumento de anticorpos contra covid-19 na população do Rio

Uma pesquisa do Hemorio mostra que 28% dos fluminenses que doaram sangue nas últimas duas semanas apresentaram anticorpos contra o coronavírus. Analisados em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, a Uerj, a UFRJ e a Fiocruz, os números mostram um aumento considerável em comparação com as primeiras semanas de abril. Naquele momento, apenas 4% dos doadores tinham anticorpos.

O estudo já coletou informações de 7,3 mil pessoas e continua sendo feito. O objetivo é mapear o índice de infectados e de pessoas com anticorpos no Rio.

"Os doadores de sangue podem ser considerados uma população-sentinela, que nos possibilita acompanhar a curva da doença. Surpreendentemente, um número considerável de doadores já possui anticorpos contra o novo coronavírus, o que pode refletir a realidade da população em geral", comenta o diretor do Hemorio, Luiz Amorim.

Estadão
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