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Coronavírus

SP aplica 4ª dose em idosos com mais de 80 anos a partir de 2ª

Para receberem a 4ª dose, os idosos devem ter tomado a 3ª dose há ao menos quatro meses

16 mar 2022 - 12h56
(atualizado às 14h48)
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Norma Amuso, de 90 anos, recebe dose da vacina contra a Covid-19 no estádio do Pacaembu, em São Paulo, Brasil
08/02/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Norma Amuso, de 90 anos, recebe dose da vacina contra a Covid-19 no estádio do Pacaembu, em São Paulo, Brasil 08/02/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O governo de São Paulo irá iniciar na próxima segunda-feira, 21, a aplicação da 4ª dose da vacina contra covid-19 em idosos com mais de 80 anos. Até o momento, conforme orientação do Ministério da Saúde, a administração do imunizante estava sendo recomendada pelo Estado apenas para imunocomprometidos com 12 anos ou mais.

"Estão aptos a receber a 4ª dose a partir de segunda-feira, 21 de março, 900 mil idosos que residem no Estado de São Paulo que têm mais de 80 anos", informou o governador João Doria (PSDB). Para isso, eles necessitam ter recebido a 3ª dose há ao menos quatro meses. A expansão da campanha de imunização foi anunciada em coletiva realizada nesta quarta-feira, 16.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, o público-alvo com 80 anos ou mais é "uma população que adere muito rapidamente à vacina". "Então, nós aguardamos a todos. Temos as vacinas disponíveis, todas as vacinas estão disponíveis", apontou.

Há um mês, o governo de São Paulo informou que previa iniciar no dia 4 de abril a aplicação da 4ª dose da vacina em idosos sem comorbidades no Estado. Conforme o médico João Gabbardo, coordenador-executivo do comitê científico que assessora a gestão paulista, objetivo seria ir reduzindo, de forma sucessiva, as faixas etárias que receberão as vacinas, até chegar ao grupo de 60 anos.

Foram aplicadas no Estado até aqui 102,4 milhões de doses contra a covid-19. Ao todo, 39 milhões de pessoas completaram o esquema inicial (dose única ou duas doses), o equivalente a 84,2% da população. Enquanto isso, 41,7 milhões de habitantes do Estado receberam ao menos a primeira aplicação, o que corresponde a 92,7% do total. Com terceira dose, são 21,8 milhões de pessoas, menos da metade da população de São Paulo.

A despeito da orientação do Estado, a prefeitura de Botucatu decidiu começar aplicar a 4ª dose da vacina contra a covid-19 a partir do início de fevereiro no grupo com 70 anos ou mais. Posteriormente, expandiu a aplicação para o grupo com mais de 60 anos. Como Botucatu, no ano passado, vacinou a população ao mesmo tempo na experiência de proteção em massa com a AstraZeneca, os idosos tomaram as doses há mais tempo. Na decisão local, foi considerado, portanto, o maior risco de queda de proteção das vacinas.

Como mostrou reportagem do Estadão, o Mato Grosso do Sul também já começou a vacinar idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde com a quarta dose da vacina. "Como observamos que 80% das mortes que estão ocorrendo por covid no Estado são de idosos a partir de 60 anos, seja com as três doses já tomadas ou com a vacinação incompleta, nós entendemos que é importante aplicar a quarta dose naqueles que tomaram a terceira há mais de quatro meses", justificou em fevereiro o secretário da Saúde do Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende. Os governos dos Estados de Espírito Santo, Acre e Ceará admitiram estudar o tema.

Desobrigação do uso de máscaras

Na última semana, o governo do Estado anunciou a desobrigação do uso de máscaras ao ar livre no Estado. Na ocasião, também foi anunciada flexibilização do uso do acessório para alunos, professores e outros funcionários nos espaços abertos das escolas, mas manteve a exigência nas salas de aula e locais fechados.

O governador informou ainda que avaliaria em duas semanas - portanto, no próximo dia 23 - se o Estado vai adotar, a exemplo de locais como o Rio de Janeiro, a liberação completa do uso de máscaras, o que poderia incluir espaços fechados.

Especialistas ouvidos pelo Estadão avaliam que, se implementada, a medida pode ser precipitada, uma vez que locais com pouca ventilação são os mais propícios para infecção pelo coronavírus. Alertam ainda que, apesar de tendência de qeuda, os indicadores da pandemia seguem em patamar consideravelmente alto, o que requer manutenção de medidas não farmacológicas.

Estadão
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