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Coronavírus

SP: aulas voltam em fevereiro e não haverá novas restrições

Ômicron tem causado escalada de novos infectados, mas secretário municipal de Saúde fala em menor letalidade

27 jan 2022 - 09h40
(atualizado às 09h51)
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O secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, durante coletiva on-line
O secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, durante coletiva on-line
Foto: Reprodução/YouTube / Estadão

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, prevê o retorno das aulas presenciais nas escolas a partir de fevereiro e descartou a adoção de novas medidas restritivas na capital paulista. Apesar da escalada de infecções pela variante Ômicron - a alta foi de 152% de novas internações por covid-19 ou suspeita da doença nas três ultimas semanas no Estado -, ele aponta que os casos ligados à nova cepa têm apresentado menor letalidade.

"Tivemos aumento na média móvel de óbitos em relação a novembro, mas evidentemente, em função da vacinação em massa, possuímos um grau de proteção da população bastante grande, fazendo com que os efeitos sejam mais leves", disse ele na manhã desta quinta-feira, 27, à Rádio Eldorado. "Além disso, conquistamos também uma estrutura de atendimento (ao longo da pandemia)", detalhou.

A Prefeitura cancelou o carnaval de rua e adiou os desfiles no sambódromo de fevereiro para abril, mas não prevê fechamento do comércio ou das escolas. "Nesse momento não pensamos nisso. Tomamos duas decisões importantes: cancelamento do carnaval de rua e adiamento do carnaval do sambódromo para abril. Estamos preocupados com as festas fechadas, que não anunciam medidas sanitárias, como uso de máscara e comprovação do passaporte da vacina. Se for o caso, tomaremos medidas mais sérias em relação a isso", criticou ele, sem detalhar quais seriam essas providências.

Além disso, indicou o retorno "seguro" das aulas presenciais para fevereiro. "As escolas também estão preparadas do ponto de vista sanitário para receber alunos e funcionários", garantiu. Para ele, a única forma de dar dois passos para trás, trazendo a implementação de novas medidas será a "incapacidade do sistema de saúde de atender as pessoas". "Esse é o grande salto de qualidade que tivemos durante toda a pandemia. Se percebemos em algum momento o comprometimento desse sistema, especialmente com pessoas com sintomas mais graves, tomaremos medidas necessárias. Nesse momento, a vigilância ainda não aponta para este caminho", insistiu.

Em relação aos autotestes de covid-19 no Brasil - que ainda aguardam liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - Aparecido indicou que a gestão municipal irá criar um protocolo para decidir como será feita a priorização da distribuição, instrução e monitoramento deste material. "Esse mecanismo já é utilizado em vários países e dá resultado. Isso evita a grande concentração de pessoas nas unidades básicas de saúde. Assim que aprovar, temos uma série de possibilidades para adquirir esses testes no processo licitatório. Isso vai ajudar muito na testagem da população", acreditou.

Sem ideia ainda da quantidade que a prefeitura irá adquirir, indicou que não terá arsenal para toda a população. "Mas, ao mesmo tempo, vamos estabelecer como nossas equipes irão colher esses resultados para fazer o monitoramento, além de auxiliar o cidadão que se testou a notificar o sistema de saúde", acrescentou.

Estadão
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