SP reduzirá intervalo entre doses de vacina da Pfizer
Doria afirmou que medida será tomada quando o estado receber mais doses do imunizante
O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira que reduzirá o intervalo entre a aplicação da primeira e da segunda doses da vacina da Pfizer contra covid-19, que atualmente é de 90 dias, assim que receber mais doses do imunizante do Ministério da Saúde.
"O governo do Estado de São Paulo vai seguir a recomendação da redução do intervalo da vacina da Pfizer. Os nossos técnicos, os nossos médicos, enfermeiros e profissionais da Secretaria de Saúde... entendem que é possível reduzir o intervalo entre a primeira e a segunda doses da vacina da Pfizer", disse o governador João Doria (PSDB), em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
"Aliás, como estabelece o próprio fabricante, o próprio laboratório da Pfizer, que atesta a eficácia e a segurança da vacina num prazo bem inferior aos 90 dias que tem sido praticado no Brasil. Na América, isso acontece num prazo de 30 dias, e é exatamente neste caminho que estamos caminhando."
No sábado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o governo pretende reduzir o intervalo de aplicação entre as doses da vacina da Pfizer a partir de setembro, quando toda população com mais de 18 anos deverá ter recebido ao menos uma dose de uma vacina contra o coronavírus.
O ministro pediu mais cedo nesta quarta que os Estados sigam a orientação prevista no Programa Nacional de Imunização, sem reduzir intervalo entre doses ou adiantar a aplicação de uma terceira dose, por exemplo, para que seja possível cumprir a meta de vacinação para todo país.
Em São Paulo, 93,39% das pessoas com mais de 18 anos receberam ao menos uma dose de uma vacina contra a covid-19, segundo dados da Secretaria de Saúde paulista, e o Estado iniciou nesta quarta-feira a vacinação de adolescentes de entre 12 e 17 anos.
A bula das vacinas da Pfizer indica a aplicação da segunda dose 21 dias depois da primeira, mas o governo brasileiro decidiu estender o prazo para três meses inicialmente por temor sobre o cronograma de chegada dos imunizantes ao país.