SP tem 100% da população de 12 a 17 anos vacina, diz prefeitura
Dados da administração municipal mostram que vacinação com duas doses já chegou a 844 mil jovens dessa faixa etária. 'Adesão é importante fator para a comunidade escolar ao diminuir a disseminação do vírus', diz coordenador
A cidade de São Paulo alcançou no domingo, 13, a marca de 100% da população de 12 a 17 anos com esquema vacinal completo contra a covid-19, conforme informou a Prefeitura. Ao todo, 844.119 jovens receberam as duas doses anticovid.
"A adesão total dos adolescentes paulistanos, além de proteger efetivamente cada indivíduo, foi também um importante fator de segurança à saúde da comunidade escolar, diminuindo efetivamente a disseminação do vírus, contribuindo de maneira decisiva para o controle da pandemia na cidade", disse, em nota, Luiz Artur Vieira Caldeira, coordenador da Vigilância em Saúde da cidade.
A administração municipal informou que, até às 15h do domingo, 970.868 primeiras doses foram aplicadas em adolescentes na capital (115% do público estimado). E 844.119 segundas doses chegaram aos braços desse público (100%).
Mais de 81% das crianças de 5 a 11 anos receberam ao menos uma dose da vacina contra a covid na capital, conforme informou a Prefeitura. Isso significa que 884.640 primeiras doses foram aplicadas. O total de segunda aplicação foi de 331.305 (30,6%).
Com avanço da vacinação e queda de internações, o Estado de SP desobrigou uso de máscara em locais abertos e áreas externas de escolas
O governo de São Paulo desobrigou na quarta-feira passada, 9, o uso de máscaras para alunos, professores e outros funcionários nos espaços abertos das escolas, mas manteve a exigência nas salas de aula e locais fechados. A medida abrange também estádios, centros abertos para eventos, autódromos e áreas correlatas. Os estádios de futebol, assim como os demais estabelecimentos e espaços de eventos, também poderão voltar a ter 100% do público.
Uso de máscaras no Estado de São Paulo
- Liberado: áreas abertas como ruas, parques e áreas externas de escolas, além de áreas de eventos como estádios e autódromos.
- Obrigatório: locais fechados, como transporte público e escritórios.
- Recomendação de uso (não obrigatório): aplicável a pessoas com alto grau de imunossupressão, com doenças crônicas e para aquelas que apresentarem sintomas gripais ou não tiverem completado o esquema vacinal.
Apesar da flexibilização anunciada, membros do Comitê Científico ainda recomendaram que grupos específicos da população mantenham o uso de máscara, principalmente em ambientes onde haja aglomeração. O uso é indicado para situações de risco, principalmente se o indivíduo tiver alto grau de imunossupressão, doenças crônicas, apresentar sintomas gripais ou não tiver completado o esquema vacinal.
O governo paulista estuda manter o uso de máscaras em hospitais, unidades de saúde e transporte público, mesmo após desobrigar o uso da proteção em locais fechados. O Estado pretende discutir nos próximos dias se vai acabar com a exigência do item em locais cobertos.
Incidência de covid em escolas públicas e particulares de SP
A incidência de covid nas escolas públicas e particulares desde a primeira semana de janeiro foi de 41 casos por 100 mil habitantes, enquanto no Estado de São Paulo é de 1.393 por 100 mil, mais de 30 vezes maior. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Educação na terça-feira passada, 8.
A pasta criou um sistema de notificação e monitoramento para ser acessado obrigatoriamente pelas escolas quando houver estudantes e profissionais sintomáticos ou já com resultado do teste. Foram 4.084 casos confirmados de alunos ou profissionais contaminados nesse período, desses 59% na rede estadual e 37% na particular. O Estado tem cerca de 9 milhões de alunos nas redes pública e privada.
Butantan solicita à Anvisa autorização para uso da Coronavac em crianças de 3 a 5 anos
O Instituto Butantan solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a inclusão da faixa etária de 3 a 5 anos na aplicação da vacina Coronavac conta a covid-19. O pedido chegou à Agência na noite desta sexta-feira, 11.
O prazo de avaliação começou a valer nesta segunda-feira, 14, e tem limite de até 7 dias úteis. A Anvisa considerará pontos como segurança e eventos adversos identificados, ajuste de dosagem da vacina e fatores específicos dos organismos das crianças em fase de desenvolvimento.
Em uso emergencial no Brasil contra a covid-19 desde 17 de janeiro de 2021, o imunizante Coronavac só foi liberado pelo órgão regulador para o uso em crianças de 6 a 11 anos em 20 de janeiro deste ano. Crianças de 5 anos e imunossuprimidas, entre 5 e 11 anos, devem receber exclusivamente a vacina da Pfizer pediátrica.