SP tem queda de internações por covid após 2 meses de alta
Taxa de ocupação de leitos chegou a 70,2% nesta quarta, ante 75% na semana passada; governo atribuiu melhora ao avanço da vacinação
O governo de São Paulo informou nesta quarta-feira, 9, que, após dois meses de crescimento nas internações por covid-19 no Estado, as hospitalizações pela doença estão recuando há oito dias consecutivos. Com isso, a taxa de ocupação de leitos chegou a 70,2% nesta quarta, ante 75% na semana passada.
"Temos hoje um total de pacientes internados de 9.797 pessoas", disse o secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn. "É o primeiro dia, nesses últimos 11 dias - que dão exatamente no pico dessa terceira onda, no dia 29 de janeiro -, que nós temos menos de 10 mil pacientes internados nas unidades hospitalares, somando-se as unidades de terapia de terapia intensiva e as enfermarias."
Segundo o secretário, houve 18% de recuo nas internações, uma vez que há 1.560 pacientes a menos internados na comparação com oito dias atrás. "Se nós formos analisar o pico da nossa terceira onda, agora no dia 29 de janeiro, quando nós estávamos com 11.541 internados, tivemos então uma queda de 15%, em (um intervalo de) 11 dias, nas internações", apontou Gorinchteyn.
Conforme o governador João Doria (PSDB), "a evolução da vacinação teve efeito decisivo e direto nesse recuo das internações". Ele destacou que o Estado ultrapassou a marca de 80% da população vacinada com duas doses ou dose única, o que teria sido decisivo para que as internações por covid estejam recuando há oito dias consecutivos, após dois meses de crescimento em São Paulo.
Com o rápido espalhamento da variante Ômicron pelo Brasil, que fez elevar o número hospitalizações e mortes, médicos destacam a importância de avançar a imunização e autoridades correm atrás dos faltosos.
Pouco mais cedo, em entrevista à Rádio Eldorado, o governador João Doria (PSDB) indicou que o Estado prevê adotar a quarta dose da vacina contra covid para toda a população "independentemente de haver ou não recomendação do Ministério da Saúde".
"Nós estamos preparados para iniciar a quarta dose de reforço, mas fazendo um esforço ainda, antes de iniciar a quarta dose, para que as pessoas que não tomaram a segunda dose (vacinem-se)", disse Doria.
Conforme mostrou o Estadão, São Paulo ainda tem 2,2 milhões de pessoas em atraso com a segunda dose da vacina da covid-19, a maioria (1,2 milhão) na faixa de 12 a 29 anos. "Avançando na segunda dose, nós aí já podemos iniciar em São Paulo a dose de reforço e a quarta dose, seguindo também uma ordem de faixa etária", acrescentou o governador.